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    27/09/2022

    Os jogos de cartas mais amados do Brasil

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    Se você gosta de jogar cartas, já deve ter experimentado um destes três jogos – ou mais de um, ou talvez todos: buraco, poker e truco. Para muitos, os três jogos de cartas mais amados do Brasil. Em comum, eles têm o baralho e o divertimento. No mais, são muito distintos, com formas e estratégias diferentes de jogar. E, talvez por isso mesmo encantem, cada um de uma maneira diferente.

    Buraco, estratégia em duplas

    Um dos jogos de cartas mais conhecidos no país, o buraco é uma variação de outras modalidades como a canastra e a tranca. Baseia-se em formar sequências do mesmo naipe – quanto mais cartas na sequência, melhor. Apesar de poder ser jogado em versão um contra um, o buraco é mais apreciado em partidas de duplas, nas quais cada time desenvolve um jogo comunitário, à semelhança de outras atividades recreativas, como a bocha, que dispõe até mesmo de um campeonato estadual da modalidade.

    Iniciantes podem achar que o título se trata de sorte, mais que tudo. Mas os experts sabem que há um bocado de observação e estratégia. É possível uma dupla jogar “na defesa”, segurando em sua mão cartas essenciais para os adversários – aquelas que se encaixam em uma sequência já colocada na mesa, ou que podem se enquadrar com outras cartas nas mãos do adversário. Ou podem jogar no modo expresso, tentando baixar rapidamente as cartas e evitar que a dupla concorrente tenha tempo de fazer o mesmo.
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    Apesar de ser um jogo com coringas, um bom jogador de buraco sabe viver sem eles. Há quem diga que esse personagem pode até vir a atrapalhar. Adicionalmente, as canastras ‘limpas’, sem coringas, valem mais pontos.

    Poker, da probabilidade ao jogo mental

    Ao contrário de seus dois primos, que não possuem grande penetração na internet, o poker tem a vantagem de estar largamente acessível em portais especializados como o PokerStars, um dos maiores do gênero em todo o mundo. Lá, é possível não só disputar partidas, mas também aprender as diferenças entre as variantes da modalidade. Mas a regra básica é simples: ter uma mão com uma combinação de cartas mais valiosa que a de seus adversários. Ou, ao menos, fazer com que eles pensem que você tem.

    Essa talvez seja a grande atração do poker. Alguém pode ser um matemático pós-graduado em probabilidades e conseguir prever as chances de vencer, de acordo com as cartas mostradas. Porém, as estratégias de apostas trazem novos elementos à mesa e criam uma certa dúvida. Essa pressão mental pode fazer com que um jogador com uma mão baixa acabe saindo vencedor – é o que se chama de blefe. E saber como blefar (e quando) é uma arte, não uma ciência.

    Truco, a arte de enganar – mas com estratégia

    Já o truco reúne elementos do buraco (o jogo em duplas) e do poker (o blefe). Sua estrutura é simples: um jogo de vazas, no qual a dupla deve ganhar duas de três, apresentando uma carta mais alta que a dupla adversária. A graça, porém, está no ato de ‘trucar’ – aumentar o valor da rodada, de um ponto para três. O grito de truco deve ser dado na hora certa com o intuito de produzir o melhor efeito. E, mesmo bem colocado, pode ser frustrado por um contra-ataque da dupla adversária (o chamado ‘seis’).

    Em teoria, os membros das duplas não sabem as cartas de seu parceiro. Mas é permitido o envio de sinais pré-combinados para que um descubra qual é a mão do outro. Porém, mesmo sabendo todas as cartas disponíveis, os jogadores precisam pensar em uma estratégia de forma rápida e bem ensaiada para, ao final, conseguir induzir os concorrentes a pensarem o oposto da realidade: que a dupla tem boas cartas quando não tem, ou vice-versa.

    Ao final, os três jogos de cartas mais amados do Brasil oferecem entretenimento baseado em cooperação, estratégia, teatralidade e – por que não – um pouquinho de sorte, que não faz mal a ninguém.