CAMPO GRANDE (MS),

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    14/10/2020

    A multivacinação pode prevenir a saúde das crianças de doenças já erradicadas

    Dados do Ministério da Saúde mostram que apenas 51% das crianças tomaram todas as vacinas em 2020

    ©ILUSTRAÇÃO
    Durante o mês de outubro, o Ministério da Saúde lançou uma campanha nacional de multivacinação. De acordo com o órgão, apenas 51% das crianças do país tomaram todas as vacinas de 2020, a meta do calendário é de, pelo menos, 90%. Ao todo, 18 vacinas fazem parte do programa nacional e estarão disponíveis na rede pública de saúde para crianças e adolescentes menores de 15 anos.

    Uma das doses disponíveis, por exemplo, é da vacina contra a poliomielite, para crianças de um a cinco anos. O Brasil está livre da doença há 30 anos, mas a queda na cobertura de vacinação é preocupante. Em 2019, apenas 83% das crianças tomaram as três doses da vacina. Outra patologia, o sarampo, também foi erradicada do país, mas voltou a assustar com a queda de vacinação e o crescimento dos casos no país.

    Neste ano, com a pandemia da Covid-19 e o Brasil sendo epicentro da doença, tomar a vacina se torna ainda mais crucial, para evitar infecções cruzadas, conforme explica a diretora de Assistência à Saúde da Cassems, Maria Auxiliadora Budib. “Para resguardar a população de patologias que causem impacto no sistema imunológico, a vacinação é essencial para blindar o organismo contra agentes infecciosos. Em tempos de uma crise pandêmica, a vacina não só diminui a incidência de casos das doenças, como também facilita no diagnóstico preciso para a Covid”.

    A infectologista Priscila Alexandrino salienta que, apesar da erradicação de algumas doenças, ainda assim é necessário ter atenção para a questão da vacina. “Algumas doenças foram erradicadas no Brasil. A varíola, por exemplo, e o sarampo, que está de volta. Só que vivemos em um mundo globalizado, os vírus e microorganismos circulam dentro das pessoas e, se não vacinar, esses surtos voltam e de maneira pior, porque a população não tem nenhum tipo de imunização, nem pela doença e nem pela vacina”. 

    ASSECOM

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