CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    18/05/2020

    CAPITAL| Em obras há 4 anos, corredor deve ficar pronto em dezembro

    Intervenções em complexo que engloba vias como Brilhante e Bandeirantes começaram em 2016

    Pontos de ônibus estão sendo instalados no meio da pista da Rua Brilhante ©Valdenir Rezende/CE
    Previstas inicialmente para serem realizadas em dois anos, as obras do Corredor Sudoeste do transporte coletivo de Campo Grande já se arrastam há três anos e três meses e deverão ser concluídas com quase o dobro do tempo. Isso porque, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), o local deverá estar completamente pronto apenas no fim deste ano. A intervenção teve início em 2016, na gestão de Alcides Bernal, e começou a ser realizada pelo Exército por meio de convênio, que posteriormente, em 2018, foi rompido e assumido por empreiteiras.

    Para o secretário de Infraestrutura de Campo Grande, Rudi Fiorese, apesar de já estarem bem adiantadas, as obras nas ruas Guia Lopes e Brilhante e na Avenida Bandeirantes devem se estender até o fim de 2020, em razão dos detalhes que deverão ser concluídos. 

    “Estamos instalando os terminais de transbordo, depois serão colocados os semáforos e só então será feita a sinalização por parte da Agetran [Agência Municipal de Transporte e Trânsito]. Não tem previsão para entrega ainda, mas acreditamos que ficará pronto até o fim do ano”, declarou Fiorese.

    A sinalização semafórica no Corredor Sudoeste do transporte coletivo, que nesta licitação engloba as ruas Brilhante e Guia Lopes, será ativada amanhã (19). O certame prevê investimento de R$ 673,3 mil para a instalação de dois semáforos na Rua Guia Lopes (cruzamento com a Paissandu e a Avenida Salgado Filho) e sete na Brilhante, nos cruzamentos com as ruas Argemiro Fialho, Ciríaco Maymone, Vicente Solari, Salim Maluf, Mario Quintanilha, Hermenegildo Pereira e Manoel Cavalcante Proença.

    Além dos semáforos, também serão feitas as sinalizações vertical a horizontal, que ficaram a cargo da Agetran. Essa parte, porém, deverá ser iniciada apenas quando os terminais de transbordo estiveram completamente concluídos. O que deverá ocorrer apenas no segundo semestre deste ano, conforme o secretário.

    CORREDOR

    Atualmente, a obra está na fase da implantação de estações de pré-embarque. As 16 licitadas (foram incluídas as 4 previstas para o corredor da Rua Bahia) vão custar R$ 831.381,21. Serão três estações de 10 metros de comprimento e 13 estações de 5 metros, com 2,5 metros de cobertura. 

    As maiores terão 15 assentos e as menores seis, além de uma estrutura de concreto, na qual os usuários também poderão se acomodar. Na Rua Brilhante, as estações de pré-embarque estão programadas para as esquinas com as ruas Cyriaco Maymone, Mario Quintanilha, Manoel Proença e Marechal Deodoro. A Avenida Bandeirantes terá estações nas esquinas com as ruas Campinas, Hermenegildo Pereira, Bélgica, Tenente Antônio João de Figueiredo, Argemiro Fialho, Salgado Filho e 26 de Agosto.

    Além das ruas Guia Lopes e Brilhante e da Avenida Bandeirantes, que já foram recapeadas, a Avenida Gunter Hans também faz parte do Corredor Sudoeste e terá pavimento novo nas duas pistas. O serviço será feito entre os terminais Bandeirantes e Aero Rancho, com custo orçado em R$ 12 milhões e ainda precisa ser licitado.

    DEMORA

    O projeto foi lançado em 2012, mas o envio dos projetos atrasou e só ocorreu na gestão municipal seguinte. O plano, financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, previa também a construção de quatro terminais de ônibus nos bairros Parati, Tiradentes e São Francisco e na Avenida dos Cafezais e a reforma de outros oito. 

    O recapeamento das ruas Brilhante e Guia Lopes e das avenidas Bandeirantes e Gunter Hans foi pactuado com o Exército Brasileiro em agosto de 2016, totalizando 12,11 quilômetros. Todo o projeto foi orçado em R$ 24,5 milhões, sendo parte financiada pelo PAC (R$ 19,5 milhões) e o restante de contrapartida do Estado. 

    As obras executadas pelo Exército Brasileiro, que deveria fazer os trabalhos em todo o corredor, tiveram o valor reduzido para R$ 5,78 milhões em abril de 2018, já que o projeto não foi concluído por ele – a Gunter Hans acabou de fora desse primeiro trecho. 

    A obra, que por muito tempo caminhou a passos lentos, no ano passado foi repassada à empreiteira Engepar, que foi contratada para recapear por R$ 8,7 milhões a Avenida Bandeirantes. Os recursos utilizados foram os mesmos que haviam sido destinados ao Exército e dos quais os militares abriram mão. 

    Com todos esses entraves, o recapeamento da Avenida Bandeirantes foi concluído apenas em março deste ano e as estações começaram a ser instaladas em abril.

    Fonte: CE
    Por: Daiany Albuquerque



    Imprimir