Dentro de um ano, o valor das passagens pode ser mais barato
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É com essa afirmação que John Rodgerson, presidente da Azul Linhas Aéreas, diz que, dentro de um ano, as passagens irão ficar mais baratas. Não existe uma mágica que fará com quem os preços fiquem baixos, mas o modo de operacionar isso é investir em tecnologia de aeronaves que gastem menos combustível.
Com o consumo menor, o valor da operação cairá, logo as passagens aéreas Azul ficarão mais baratas com essa medida já no ano de 2020. A "jogada" para a redução de preços é uma aeronave da Embraer, que gasta 25% a menos de combustível e a Azul já comprou 50 delas.
Tese do combustível
No ano passado, segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que foi divulgado na revista Veja, Maurício Emboaba, consultor técnico da entidade e responsável pelo levantamento, disse que o preço do querosene de aviação (QAV) praticado no Brasil segue uma precificação adotada pela Petrobras desde a década de 1990, quando o país importava cerca de 60% do que consumia. “As empresas repassam essa despesa para as tarifas. Na composição dos preços das passagens, 30% são custos operacionais, como pessoal e combustível. Só o querosene, nessa conta, representa 12%. Com a alta do dólar, será inevitável transferir esse aumento para os bilhetes”. Tese que só vem ao encontro do que diz Rodgerson.
Infraestrutura do turismo
Rodgerson também cita a falta de infraestrutura de turismo no Brasil, e que é triste que as pessoas prefiram aos Estados Unidos a conhecer melhor o próprio país e suas reservas naturais. “Sempre pergunto para empresários, quem conhece Foz do Iguaçu? Poucos foram, mas todos conhecem Paris. Precisamos atacar os custos e tornar investimentos mais frequentes para que o brasileiro viaje mais”.
Rodgerson comentou que o país está iniciando mais voos diretos entre capitais sem a necessidade de passar entre São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. “Conectar pessoas ajuda o Brasil crescer. Em todo estado que vou os governadores pedem mais voos por que isso traz emprego. Os restaurantes ficam mais cheios, os hotéis ficam mais cheios, as pessoas fecham mais negócio”.
Vale lembrar que o americano John Rodgerson, desde que assumiu o comando da Azul linhas aéreas, com seu perfil visionário expandiu a companhia. Só no ano passado ele contratou mil funcionários e fez a aquisição de novas aeronaves. E ano que vem já prepara mais novidades para a empresa e para o setor.