CAMPO GRANDE (MS),

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    25/09/2017

    OPINIÃO| Estatais são agenciadoras de corrupção e um câncer para o desenvolvimento econômico

    Petrobrás tornou-se sinônimo de corrupção, bem como de toda a sorte de esquemas ilícitos, durante o governo petista
    Não é de hoje que estatais operam no Brasil. O permissivo, improdutivo e indolente hábito de empresas operadas pelo governo começou na era Vargas, e infelizmente viu uma enorme expansão nos anos subsequentes. Com a imposição deste hábito de caráter estatizante, o Brasil nunca mais foi capaz de erradicar esta virulenta, corrosiva e demagógica praga econômica, que contribui com a dilaceração do progresso, exterminando radicalmente todas e quaisquer perspectivas de desenvolvimento que poderiam efetivamente auxiliar o Brasil a tornar-se uma nação mais forte e coesa.

    Estatais deveriam ser eliminadas pelo simples fato de que não operam sobre um sistema de lucros e prejuízos, como as demais empresas do mercado. Isso elimina todos os incentivos possíveis para que prestem um serviço correto e decente, e invariavelmente, a eficiência e as necessidades do consumidor sempre estarão em último lugar. Outro ponto primordial que contamina empresas estatais é a corrupção endêmica que se difunde em demasia em todas as esferas de sua estrutura. Operada por políticos e burocratas que não são empresários, não possuem experiência real no mercado, e estão subordinados a uma evasiva, hostil e intrusiva hierarquia que os sujeita a interesses maiores, toda a estatal, como empreendimento sério, está irremediavelmente fadada ao fracasso, e será invariavelmente uma grande fonte de desperdício de dinheiro público. 

    Empresas estatais sempre estarão sujeitas a formação de cartel. As possibilidades em auferir licitações e realizar superfaturamentos para enriquecer todos os envolvidos é um processo demasiadamente corriqueiro. Burocratas no governo disputam o controle por empresas estatais porque não apenas veem nelas grandes possibilidades de enriquecimento ilícito, mas podem operar em um sistema quase infinito de recursos financeiros. Por não estar sujeita às leis de mercado, e não precisar de lucro para continuar operando, empresas estatais estão literalmente blindadas contra prejuízos. Qualquer coisa, o tesouro pode cobrir a conta, e continuar enviando mais dinheiro, sempre que a estatal necessitar. Isto apenas amplia as possibilidades para corrupção, formação de cartéis e enriquecimento ilícito, nos quais licitações fraudulentas servirão de pretexto para que este malévolo ciclo de ineficiência e péssima gestão continue indefinidamente. 

    Presidente Michel Temer recentemente anunciou a privatização de 57 empresas estatais
    Todos estes argumentos, por si só, seriam suficientes para uma enorme campanha pela privatização. Recentemente, o governo Michel Temer anunciou a privatização de aproximadamente cinquenta e sete empresas estatais, o que pode ser um bom sinal. Quando uma empresa funciona dentro das leis de mercado, quem sempre ganha no final das contas é o consumidor. Para uma empresa conquistar espaço no mercado, ela tem de invariavelmente oferecer um excelente produto, por um valor modesto. Se o produto não for de boa qualidade, e for relativamente caro, o consumidor irá em busca de melhores opções. Para tanto, empresas privadas tem de continuamente aprimorar a qualidade dos produtos e serviços oferecidos, para agradar ao público consumidor, e não incorrer em prejuízos, ou ter de encerrar as atividades. De maneira que quando uma empresa passa a operar pelas leis convencionais do mercado, o consumidor é sempre o mais beneficiado.

    No entanto, sempre haverá, em todas as esferas governamentais, quem defenda a existência de estatais. Em um governo, elas representam a fonte mais segura e eficiente para enriquecimento ilícito, e são ostensivamente protegidas por uma burocracia que, ironicamente, auxilia a prática da corrupção, quando deveria dificultá-la. E a quantidade de dinheiro que corre em uma estatal é tão grande que é possível literalmente subornar todos os envolvidos. De maneira que esquemas ilícitos ocorrem com uma frequência inimaginável; não deveríamos, de forma alguma, nos surpreender por quão corriqueiramente ocorrem, em virtude das facilidades oferecidas pelo abundante fluxo de dinheiro. 

    Estatais são verdadeiras fábricas de se fazer milionários, todos eles burocratas ineficientes que operam de acordo com seus próprios interesses. É fundamental acabar com a cultura da estatização no Brasil. Empresas privadas podem oferecer serviços de qualidade superior, a um custo muito mais modesto. Estatais desperdiçam recursos públicos de forma monumental, unicamente para atender aos caprichos de funcionários governamentais elitistas, que não estão nem um pouco interessados em atender às necessidades da população. Passou da hora do cidadão brasileiro exigir total e completa transparência com verbas públicas. Passou da hora de tolerarmos o governo sendo perdulário e imoral com o dinheiro do contribuinte.



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