Com convicção: no Brasil, é preciso ter mais de 21 anos e encarar 24 meses de acompanhamento médico até que a cirurgia seja autorizada - sem contar a fila do SUS.
Divulgação |
A cirurgia de redesignação sexual, conhecida como mudança de sexo, é um processo que começa bem antes da sala de cirurgia.
São necessários dois anos de tratamento psicológico e hormonal até que o paciente esteja pronto para o procedimento cirúrgico.
No Brasil, a idade mínima exigida para a cirurgia é de 21 anos, desde que o tratamento preparatório tenha sido realizado 24 meses antes.
Vencida essa etapa, é hora de partir para a cirurgia propriamente dita.
Faloplastia – feminino para masculino
Primeiro são feitas cirurgias para a retirada de mamas, útero e ovários. Então inicia-se uma terapia hormonal para o crescimento do clitóris. Quando este atinge um tamanho médio de 4 a 5 cm, ele é “despregado” da posição original (na vulva) e movido para a frente, ficando em uma posição que lembra a de um pênis.
A uretra (canal do xixi) é alongada, com tecido extraído da antiga vagina, para que termine na ponta desse novo pênis. A vulva então é “fechada” para formar o escroto e os testículos são formados com o tecido dos grandes lábios vaginais, que recebem próteses esféricas de silicone.
Como nem sempre esse novo pênis possui qualidade estética e funcional satisfatória, em alguns casos é feita uma cirurgia complementar (após a recuperação da primeira), na qual é colocada uma prótese em seu interior, possibilitando a ereção e a penetração sexual.
Vaginoplastia – masculino para feminino
Com muito cuidado para não comprometer o aparelho urinário, é feito um corte no comprimento do pênis e no saco escrotal, que em seguida são “esvaziados” – sem os testículos, os hormônios masculinos deixam de ser produzidos. Desta forma, o que sobra são pele, tecidos nervosos e a uretra.
Com o que sobrou do saco escrotal são moldados lábios vaginais. A pele do antigo pênis é utilizada para moldar o canal vaginal, garantindo sensibilidade à região, que chega a ter de 12 a 15 cm de profundidade – para que o buraco não feche, é preciso usar com frequência um alargador ou praticar muito sexo com penetração. A glande é conservada e “encaixada” como um clitóris.