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    12/11/2015

    Advogado diz à polícia que Giroto espera mandado para se apresentar

    ex-deputado federal Edson Giroto - Arquivo

    O advogado do ex-deputado federal Edson Giroto, Valeriano Fontoura, afirmou que o cliente não está foragido e deve ser apresentar à polícia, mas espera a expedição do mandado de prisão. O ex-secretário estadual de Obras teve prisão temporária concedida ontem (11), mas solto em menos de 24 horas, por conta do pedido de habeas corpus, documento que foi revogado na noite do mesmo dia.

    Segundo o delegado do Garras (Delegado Repreensão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Fábio Peró, o advogado foi a sede da delegacia e assegurou que Giroto vai se apresentar, porém espera a “visita” do oficial de Justiça com mandado de prisão.

    O delegado apontou que também não possui mandado, por isso ainda não prendeu o ex-deputado federal e está aguardando ordens. O paradeiro da ex-presidente da Agesul, Maria Wilma Casanova, não foi divulgado e se ela se apresentará na delegacia.

    A nossa equipe tentou conversar com o advogado no Garras, mas ele não quis falar com a imprensa. A reportagem ainda ligou para Valeriano, porém ele não atendeu as ligações.

    Prisões - O desembargador Dorival Moreira dos Santos revogou o habeas corpus concedido, às 23h30 de ontem, pelo desembargador de plantão Marcos José de Brito Rodrigues. Ele tinha colocado os dois em liberdade após o decretação da prisão temporária pelo juiz Carlos Alberto Garcete.

    O desembargador Dorival integra a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Ele acatou o pedido de reconsideração apresentado pelo procurador geral da Justiça, Humberto Brites, que invocou no recurso ainda não terem cessado as razões que motivaram o pedido de prisão de Giroto e da ex-dirigente da Agência Estadual de Empreendimentos.

    Além de Giroto, Maria Wilma e o empresário João Alberto Krampe Amorim mais seis pessoas tiveram o pedido de prisão temporária decretada pelo juiz Carlos Alberto Garcete a pedido do MPE (Ministério Público Estadual).

    As prisões são decorrentes da investigação conduzida pelo MPE que faz devassa nos contratos de obras do Governo estadual. Conforme a auditoria realizada pela Secretaria de Obras, em três obras de conservação de estradas estaduais na região pantaneira, o prejuízo teria somado R$ 11,8 milhões. Na MS-228, trecho Entroncamento MS/427-Fazenda Imaculada, um contrato foi cumprido, mas em três quilômetros o revestimento primário ficou com pouca espessura e a qualidade do material discutível.

    Já o segundo contrato, que previa a recuperação de 42 km, o serviço só foi feito em 23,2 km, mas houve o pagamento de R$ 5.014.900,8, quando o correto seria pagar R$ 2.052.764,80, resultando numa diferença de R$ 2.962.136,00 pagos indevidamente.

    Na MS-171 ,entre a BR-262 e o km 90 em Aquidauana, a planilha inicial previa 90 quilômetros de cascalhamento , mas só e foram encontrados aproximadamente 63,2 km. A empreiteira recebeu R$ 4.541.457,94, mais só executou serviços que custaram R$ 1.877.473,38, ou seja, foram pagos indevidamente R$ 2.663.984,56. Na MS-184, onde a planilha inicial previa 50 km de cascalhamento, só foram feitos 35,2 km . Pagou-se e R$ 7.801.935,44, mas só houve execução de R$ 1.530.036,22. Isto gerou uma diferença de R$ 6.271.899,22, valor pago indevidamente.



    Fonte: campograndenews
    Por: Filipe Prado e Luana Rodrigues
    Link original: http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/advogado-diz-a-policia-que-giroto-espera-mandado-para-se-apresentar