Grupo reivindica que governo federal paute a reforma agrária.Superintendente deve se reunir com lideranças para avaliar reivindicações.
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Agricultores familiares ocupam andares de prédio (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS) |
Centenas de agricultores familiares ocuparam, na manhã desta segunda-feira (5), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande. Com bandeiras e faixas, os manifestantes protestam nos três andares do prédio onde fica o órgão, na região central da cidade. Famílias se alojaram nos corredores, com colchonetes, lençóis e cobertores.
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Manifestantes na entrada do prédio do Incra (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS) |
O grupo reivindica que o governo federal paute a reforma agrária para as discussões e anuncie medidas para a agricultura familiar.
Segundo o diretor do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Jonas Carlos da Conceição, os manifestantes pedem a presença de um representante do Incra Nacional no local.
"Vamos ficar no prédio até que alguém escute as reivindicações dos movimentos e assuma o compromisso com as famílias que estão aqui", informou Conceição.
Os trabalhadores reivindicam ainda áreas para as famílias acampadas e infraestrutura para os assentamentos já existentes no estado.
Participam do protesto integrantes do MST, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado (Fetagri-MS), do Movimento Agrário Social Cristão (Masc) e do Movimento Camponês de Luta pela Reforma Agrária (MCLRA), além de moradores de diversos assentamentos de Mato Grosso do Sul.
O superintendente do Incra no estado, Celso Cestari, informou ao G1 que deve se reunir com as lideranças dos movimentos na tarde desta segunda-feira. Ele destacou que, até o momento, não há a previsão da visita de representantes do órgão, que fica em Brasília, no local. "Vamos ouvir as reivindicações, avaliá-las e mandá-las para o Incra Nacional", disse.
Assentamentos
Segundo Cestari, o estado conta com 30 mil famílias assentadas em lotes de 180 assentamentos. Há ainda 14 mil famílias na lista de espera por um lote. O órgão distribui cestas básicas para 4 mil famílias acampadas em áreas e beiras de rodovias.
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Familiares alojados nos corredores com colchonetes, lençóis e cobertores (Foto: Tatiane Queiroz/G1 MS) |
Do G1 MS/JE
Por: Tatiane Queiroz