CAMPO GRANDE (MS),

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    31/01/2013

    PMDB oficializa candidatura de Renan à presidência do Senado

    Acusado por uso de notas frias, senador teve nome aprovado na bancada.Partido também oficializou nome de Romero Jucá para 2ª vice-presidência.


    O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ao centro,
    durante reunião da Comissão de Assuntos
    Econômicos (Foto: Wilson Dias/ABr)
    O PMDB oficializou em reunião da bancada nesta quinta-feira (31/1) a candidatura do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado. A eleição será nesta sexta (1º/2).

    Alvo de uma denúncia da Procuradoria Geral da República pelo suposto uso de notas fiscais frias, Renan teve o nome aprovado para participar da disputa por todos os peemedebistas presentes à reunião, de acordo com o presidente em exercício do PMDB, Valdir Raupp.

    Na mesma reunião, o partido oficializou indicação do senador Romero Jucá (PMDB-RR) para a segunda vice-presidência do Senado para a vice-liderança do partido. O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi escolhido líder da sigla, função que deverá ocupar até 2015.

    "Foi por aclamação tanto a escolha do senador Renan para a presidência quanto a escolha de Jucá para a segunda-vice e a de Eunício Oliveira para a liderança", afirmou Valdir Raupp.

    O presidente em exercício do PMDB minimizou o fato de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ter apresentado denúncia contra Renan ao Supremo Tribunal Federal na semana passada. Agora, o Supremo precisa decidir se aceita ou não a denúncia. Se aceitar, Renan vai ser réu em processo criminal.

    “O senador Renan não tem nenhum julgamento, nenhuma condenação. É um líder nato que construir dentro da bancada e fora dela [apoio] e, portanto deve ser eleito amanhã presidente do Senado Federal”, afirmou o presidente em exercício do PMDB.

    Renan é investigado em inquérito no STF pelo suposto uso de notas fiscais frias para justificar, em 2007, que tinha renda para pagar a pensão de uma filha. Ele apresentou as notas, referentes a suposta venda de bois, para se defender da suspeita de que a pensão era paga por um lobista de uma empreiteira. O escândalo levou à renúncia do peemedebista do comando do Senado em 2007.

    Renan Calheiros vai disputar o comando do Senado com o Pedro Taques (PDT-MT), que detém o apoio do PSOL, PDT e PSDB. Juntos os três partidos têm 17 senadores. O líder do DEM, José Agripino Maia (RN), informou que apoiará Taques e que irá conversar com os demais membros do partido. O DEM conta com 4 parlamentares.

    Durante a reunião entre os partidos, o PSB apresentou o nome de Antonio Carlos Valadares (SE) como alternativa a Pedro Taques, mas o plano foi abortado. O PSB, que conta com 4 senadores, não anunciou quem apoiará.

    Já Renan conta com o apoio do PT, da maioria dos partidos da base aliada e dos peemedebistas, com exceção dos que integram o chamado grupo de senadores "independentes", que não seguem as orientações partidárias. A avaliação do PMDB é de que Renan será eleito com mais de 55 votos.

    Fonte: G1
    Por: Nathalia Passarinho - Do G1, em Brasília