Clarice Silvestre de Azevedo será julgada por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou defesa da vítima; filho dela também vai para o banco dos réus.
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A Justiça aceitou, parcialmente, a tese do Ministério Público e a massoterapeuta Clarice Silvestre de Azevedo, de 45 anos, será julgada pelo assassinato do chargista Marcos Antônio Rosa Borges, que ocorreu em Campo Grande em novembro de 2020. O filho dela, João Victor Silvestre de Azevedo, de 22 anos, também vai para o banco dos réus por ter auxiliado a mãe a esquartejar e ocultar o corpo.
Conforme sentença de pronúncia publicada nesta sexta-feira (29) pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, o Ministério Público acusou Clarice de ter agido por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A defesa de Clarice e de João Victor, em princípio, alegou insanidade mental da massoterapeuta e solicitou a retirada das qualificadoras.
Em sua decisão, Garcete afastou a qualificadora de meio cruel. “Isso porque não há elementos de que a acusada quis, inutilmente, aumentar e prolongar o sofrimento do ofendido. Não foi produzida prova nesse sentido”, explicou o magistrado.
Ainda conforme a sentença, “o esquartejamento realizado no corpo de Marcos teria sido realizado após sua morte para facilitar a retirada do corpo do interior da residência. Assim, diante da inexistência de indícios de sua ocorrência, afasto referida qualificadora”, pontuou.
O juiz manteve, no entanto, as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima no caso de Clarice. Em se tratando de João Victor, ele será julgado por destruição de cadáver.
O caso
Na manhã de 21 de novembro de 2020, Clarice matou a facadas o chargista Marcos Antônio Rosa Borges, e, em seguida, na companhia do seu filho, João Victor, destruiu e ocultou o cadáver.
O corpo do chargista foi esquartejado, colocado em sacos dentro de malas de viagem e transportado para um local distante da casa. Em seguida, Clarice e João Victor atearam fogo nas malas.
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Por Maressa Mendonça, g1 MS
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