Transporte funciona com limite de 70% da capacidade máxima permitida de passageiros em cada ônibus
Com o retorno das aulas da Rede Estadual de Ensino (REE) na manhã desta segunda-feira (2), o transporte coletivo de Campo Grande enfrenta superlotação.
No terminal Morenão, localizado na avenida Costa e Silva, na Vila Progresso, as filas para entrar nos ônibus estavam longas e gerando muita aglomeração entre os usuários.
No local, existem marcações no chão determinando o distanciamento entre as pessoas, mas poucas vezes são respeitados.
Dentro do coletivo o limite é de 70% da capacidade máxima permitida de passageiros em cada ônibus, conforme decreto municipal publicado no Diário Oficial do município na última sexta-feira (30).
A empregada doméstica Sirene da Silva Oliveira, 56 anos, acredita que as aulas precisam voltar, pois os alunos têm enfrentado dificuldades em relação ao ensino remoto, mas que o transporte também deveria sofrer aumento de frota.
“O ônibus do meu bairro (linha 302) estava lotado e os do centro estão piores. Tenho que entrar no serviço às 7h30 e, com certeza, não vou conseguir chegar a tempo, já que os ônibus já vem com a capacidade máxima de pessoas dentro”, relatou.
A aposentada Maria Aparecida Barbosa Cesta, 66 anos, estava indo para o Centro Especializado Municipal (Cem) Presidente Jânio Quadros para realizar uma consulta médica.
Para a aposentada, a população deveria fazer movimentos e greves contra o sistema. “Tem que colocar o dono do consórcio dentro do coletivo para fazer a ronda e sentir na pele, porque é fácil mandar de dentro da sala com ar. Com essa volta às aulas a situação só piorou, o fluxo já aumentou”, disse.
Segundo o diretor de transporte da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Luiz Carlos Alencar, a quantidade de ônibus não irá voltar ao mesmo número que tinha antes da pandemia porque, de acordo com gestor, o número de passageiros caiu no último.
“O número de ônibus circulando vai de acordo com a necessidade. Determinamos que o Consórcio Guaicurus disponibilize veículos extras nas maiores regiões, aquelas que têm maior fluxo de pessoas”, afirmou Alencar.
Em todo o estado mais de 200 mil alunos iniciaram nesta manhã o ensino híbrido. Para o retorno às atividades presenciais, as unidades escolares deverão seguir os percentuais de ocupação das salas observando o contexto em cada município.
O Governo do Estado adotou como base as bandeiras do Programa de Saúde e Segurança na Economia (Prosseguir). Os municípios que estão na bandeira cinza, grau extremo, deverão ter o retorno de 30% dos estudantes na sala de aula. Na vermelha, grau alto, o número passa a ser 50%. Na laranja, grau médio, 70% dos alunos poderão retornar. E, na bandeira amarela, grau tolerável, 90% frequentarão as salas de aula.
Segundo o último Prosseguir, divulgado no dia 27 de julho, a maioria dos municípios de Mato Grosso do Sul estão na bandeira vermelha.
Conforme o boletim, Mato Grosso do Sul tem 38 municípios em bandeira vermelha, 31 em bandeira laranja, que representa grau de risco médio, e 10 em amarelo, de grau tolerável.
Campo Grande está classificada na bandeira vermelha.
Por: Alex Nantes
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