O MERGULHO no passado talvez ajude parte do eleitorado a entender as barbaridades que assolam nosso cenário político e seus personagens desde o início desta República tão complicada. Aí o lamenta-se as frustradas invasões da Holanda e França lá atrás. Como lembrava Antônio Callado: “O Brasil tem sido uma série de falsas expectativas”.
RUY BARBOSA: Apenas ele teve 5 mandados consecutivos de senador, 1890 a1923, quando morreu aos 72 anos de idade. José Sarney também foi eleito 5 vezes mas não em mandatos contínuos. Com 4 mandatos: Filinto Muller, Rui Carneiro, Dinarte Mariz, Rui Costa, Pedro Simon, Edson Lobão, José Agripino, Álvaro Dias e Renan Calheiros. Um clube privado de tetas.
FRAUDES: Epitácio Pessoa, eleito Presidente da República em 13 de Abril de 1919 esteve em Paris durante toda campanha e obteve 71% dos votos. Não votou. Só retornou no fim de julho. Ruy Barbosa (29% dos votos) foi derrotado pela 2ª. vez ( a 1ª. em 2009). Detalhe: Eleito presidente em 2018 Rodrigues Alves morreu vítima da Gripe Espanhola antes da posse e Delfim Moreira provisoriamente ficou no cargo.
PODE ISSO? Epitácio não participou da articulação de sua candidatura. Aliás, ele foi comunicado por carta de sua candidatura em Paris. Voltou uma semana antes da posse ( 28 de julho) e indagado sobre os nomes de sua equipe, respondeu irritado: “Tenho pensado muito sobre o assunto, mas ainda nada decidi”. Ora! Três meses após eleito, nada tinha nada resolvido. Como diria o Galvão Bueno: “Pode isso Arnaldo?”
PERGUNTO: As escolas estão ensinando a nossa história? Claro que os tempos mudaram, a informática é importantes, mas preservar nosso passado é indispensável. Tenho minhas dúvidas – pois a nossa falta de memória é incrível. A juventude nem sabe que foi Getúlio Vargas e Collor de Melo - imagine então outros personagens da nossa história.
DEPUTADOS & AÇÕES: Paulo Corrêa (PSDB): Em evento n Escola Lúcia M. Coelho elogiou os investimentos do Governo na reforma de 250 escolas; recepcionou o delegado geral da Polícia Civil; cuida com zelo da pauta da sessões em tempos de Covid 19. Zé Teixeira (DEM):pede equipamentos de informática para escola estadual de Itaporã; reforma da pintura de escola em Angélica; investimentos na área da Saúde em Guia Lopes da Laguna. Lucas de Lima (Sol): sua emenda de R$60 mil para a CAPIS de Rio Verde possibilita a compra de veículo para a entidade; em sintonia com o Clube de Mães do Jd. Petrópolis para conquista de reivindicações da comunidade, Lídio Lopes (Patri): preocupado com as condições sanitárias das escolas na volta as aulas; recebe manifestações de entidades e igrejas pedindo a 3ª. vacina contra o Covid; ativo nas sessões da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Capitão Contar (PSL): após duras críticas votou contra a moção de apoio ao STF; tem projeto para conceder incentivos fiscais para aquisição de veículos elétricos e híbridos em prol do meio ambiente.
TUDO ERRADO. A harmonia dos poderes dando lugar a promiscuidade do ponto de vista institucional. Indicado por políticos e no centro dos debates, o ministro Alexandre Moraes é alvo de críticas e elogios oportunistas. Ora! Isso não ocorre em países sérios onde os ministros da Suprema Corte não ficam tomando cafezinho e nem trocando figurinhas com políticos.
PEDRA CANTADA: O ministro Alexandre sai do episódio devendo favores aos seus ‘defensores’ que um dia cobrarão a fatura da ‘solidariedade’. Mas Juízes devem manter distância dos políticos. Cada um no seu quadrado. A harmonia entre os poderes não inclui, por exemplo, a hipótese do Juiz de Direito frequentar a Câmara de Vereadores ou a Prefeitura Municipal. A opinião pública desaprovaria.
BICO CALADO: A sempre ácida esquerda radical brasileira não teve como criticar os Estados Unidos no episódio do Afeganistão, como fizera na invasão do Iraque. Mas como manifestar apoio ao radical e sanguinário Talibã? Nem mesmo a ex-presidente Dilma Roussef (PT) em seus delirantes discursos seria capaz desta loucura.
COROCOCÓ! Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) aproveita o ‘nat’ da capital para divulgar as obras aqui realizadas com e sem parceria junto a Prefeitura. As imagens na TV. dão a dimensão do grande volume dos recursos investidos pelo Governo em várias áreas e que as vezes passam despercebidas pela população. Isso é parte da política.
MEIA VOLTA: Políticos novatos com a natural sede de poder – diante da provável rejeição da volta das coligações que beneficiavam os pequenos partidos – estão revendo os planos. Muitos devem aproveitar a generosa janela partidária de Abril para tomada de decisão. Alguns ficarão em casa, outros contaminados pelo virus da vaidade - e ‘seja o que Deus quiser’.
AÇÕES & DEPUTADOS: Neno Razuk (PTB): pede sala especial de escuta na Delegacia de Polícia de Dourados para menores, idosos e mulheres vítimas de violência; votou pela moção de repúdio e criticou o ministro da educação pela sua fala sobre a inclusão dos alunos especiais. Pedro Kemp (PT): viu aprovada sua moção de repúdio contra o Ministro da Educação por sua fala televisiva sobre a educação dos alunos especiais; votou pela moção de apoio ao STF. Evander Vendramini (PP): pede revitalização do cartão postal de Corumbá; reabertura do Pelotão Militar do ‘Tiradentes’ e a inclusão dos indígenas no Programa de Segurança Alimentar. Gerson Claro (PP): pede reforma da agencia do Detran de Paranaíba; votou pela moção de apoio do STF; elogiou medida do Governo Estadual referente ao ICMS da tarifa energética. Marçal Filho (PSDB): na Câmara de Vereadores de Maracaju apresentou emenda parlamentar e prestou conta de suas ações em prol da cidade; aprovado seu projeto instituindo a Campanha Permanente de Vacinação no MS. Mara Caseiro (PSDB) ressalta importância de lei de sua autoria do alerta ‘Sinal Vermelho’ contra o feminicídio; pede a sinalização na MS-080 entre a capital e Rochedo; e sugere ações públicas pela saúde mental dos alunos na volta às aulas.
É ESPERAR: O prefeito Marcos Trad (PSD) não tem fugido dos questionamentos sobre sua eventual renúncia para tentar o Governo em 2022. Sem negar a possibilidade ele mostra firmeza sobre sua gestão, não tecendo críticas políticas, comuns em ano pré-eleitoral. Portanto, o hábil Marquinhos manterá a expectativa até Abril de 2022.Isso se chama política.
OS INGRATOS: Fazer política cada vez mais difícil e cara. Um deputado amigo reclamando de vereador interiorano que se elegeu graças também a sua ajuda financeira. Mas agora, o vereador sinaliza que quer dinheiro para pedir votos para a reeleição do deputado – tudo porque é cortejado por outros candidatos. Enfim, virou profissional, sem memória.
O PODER: Ele cega, mas quem tem o poder enxerga bem aquilo que lhe interessa. Evidente, não se deve generalizar, mas é incrível a conexão que o poder estabelece com a soberba, presunção, arrogância, vaidade e afins. O ‘salto alto’ cada vez mais usado nos 3 poderes, onde escasseiam o bom senso, simplicidade e modéstia. O pior é a tendência de continuidade.
PALPITES: Apimentam o cenário eleitoral. Veja os 11 nomes sugeridos ou tidos como favoritos para ser o companheiro de chapa de Lula em 2022: Eduardo Paes, Ciro Gomes, Luiza Trajano (Magazine Luiza), Guilherme Boulos, Gilberto Kassab, João Dória, Manuel D’Ávila, Alexandre Kalil, Roberto Requião, Flavio Dino e Josué Gomes ( filho de José Alencar).
INTERIORANO: Sem dúvida, Nelsinho Trad (PSD) é o senador que mais tem liberado recursos, para cidades e entidades do Estado. Detalhe: o ex-prefeito de Campo Grande, além de receber os prefeitos em Brasília, visita o nosso interior ao seu estilo, ouvindo autoridades e pessoas das comunidades. Simplicidade e simpatia contam muito na política. Se conta...
DEPUTADOS EM AÇÃO: Barbosinha (DEM): elogiou o projeto que reduz a alíquota do ICMS da energia; atento aos investimentos estaduais em Dourados. Antônio Vaz (Rep): elogia o ritmo da vacinação anti-Covid e atua pela 3ª. dose para idosos, e o pessoal da saúde, educação e segurança. Amarildo Cruz (PT); quer instituir feriado estadual no dia 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares; pede vacinação (3ª. dose) para o pessoal da segurança, saúde e educação.
DIFICULDADES: Com toda a razão os prefeitos se queixam do excesso de normas (leia-se burocracia) quando se trata de investir dinheiro público em obras. Os trâmites são tantos de que quando se consegue formalizar o processo - já se passaram muitos meses e aquela verba federal ou estadual se torna insuficiente para atender seu objetivo.
SAÍDA: Para evitar críticas pela demora no inicio das obras, os prefeitos gostariam de construir com recursos próprios. Mas poucas cidades têm condições. O prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB) de Três Lagoas, por exemplo, comprou equipamentos para fazer asfalto, mais rápido e barato. “Vale a pena”, diz ele. Mas, construir prédios com grana própria é quase impossível.
SINALIZAÇÃO: A votação na moção de apoio ao STF na Assembleia Legislativa, já reflete a posição de alguns deputados no cenário nacional. Marido da senadora Simone ( MDB) o deputado Eduardo Rocha (MDB) votou sim, a exemplo de Gerson Claro (PP), Amarildo Cruz (PT) e Pedro Kemp (PT). Mas 7 deputados votaram contra a moção com críticas severas do deputado Contar à proposta.
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