CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    15/06/2021

    DRACCO passa a funcionar em imóvel tomado de narcotraficantes

    Prédio no Jardim Seminário foi sequestrado de "clã" do comércio de drogas no ano passado

    Imóvel no Jardim Seminário sequestrado de quadrilha de traficantes de cocaína agora é unidade policial ©DIVULGAÇÃO/DRACCO
    Imóvel sequestrado pela Justiça Federal do “Clã Morinigo”, como ficou conhecida quadrilha chefiada por pai e dois filhos, presos pela Polícia Federal em setembro de 2020, foi cedido para ser usado como sede de departamento da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. O prédio, no Jardim Seminário, era uma empresa de fachada do grupo criminoso, segundo a acusação.

    Agora, foi transformado em sede do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Segundo divulgado pelo departamento, a cessão do imóvel foi fruto da cooperação da Justiça Federal e do Ministério Público Federal com a Policia Civil.

    A decisão foi tomada pela 5ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, onde corre o crime contra a organização criminosa liderada por Emídio Morinigo Ximenez e pelos filhos dele, Kleber e Jefferson, além de mais cinco pessoas, que foram presas.

    O volume de bens arrestados chegou a R$ 230 milhões no Brasil e no Paraguai.

    No período da investigação, mais de 3 toneladas de cocaína foram apreendidas com o "Clã Morinigo".

    Estrutura 

    Além desse imóvel, cuja destinação final será dada ao fim da ação, o Dracco também passou a ter dois hangares no Aeroporto Teruel em Campo Grande MS.

    Lá, vai ficar a seção de operações aéreas do departamento, que também recebeu da Justiça a autorização para uso de um avião Baron 58 apreendido do tráfico e de um helicóptero Robinson, avaliados em R$ 2,4 milhões.

    DRACCO

    Cabe destacar que o DRACCO foi criado em 05 de agosto de 2020 através do Decreto nº 15.493, tendo dentre suas principais atribuições: - planejar, orientar, fiscalizar e executar as atividades relativas ao combate à corrupção e ao crime organizado; - promover ações permanentes para o combate e até mesmo prevenção ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e à corrupção; buscando seu constante aperfeiçoamento e eficácia; promover o aprimoramento de mecanismos de combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao crime organizado, para, efetivamente, devolver aos cofres públicos os recursos desviados; com a aplicação de instrumentos tecnológicos nos processos investigativos de combate à corrupção, lavagem de dinheiro e crime organizado e correlatos, por meio de inteligência financeira e de inteligência cibernética e telemática; coordenando investigações sistêmicas de atuação da Polícia Civil no combate as organizações criminosas e à corrupção e aos crimes de lavagem de dinheiro, bem como aos crimes a eles conexos ou de natureza especial, gerenciar o laboratório de tecnologia contra a lavagem de dinheiro e o laboratório de tecnologia cibernética e telemática; além de apurar infrações penais relacionadas à aeronaves e seus componentes, que desempenha de maneira pioneira por meio da operação Ícaro.






    Por Marta Ferreira

    ***