Prédio no Jardim Seminário foi sequestrado de "clã" do comércio de drogas no ano passado
Imóvel no Jardim Seminário sequestrado de quadrilha de traficantes de cocaína agora é unidade policial ©DIVULGAÇÃO/DRACCO |
Imóvel sequestrado pela Justiça Federal do “Clã Morinigo”, como ficou conhecida quadrilha chefiada por pai e dois filhos, presos pela Polícia Federal em setembro de 2020, foi cedido para ser usado como sede de departamento da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. O prédio, no Jardim Seminário, era uma empresa de fachada do grupo criminoso, segundo a acusação.
Agora, foi transformado em sede do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado). Segundo divulgado pelo departamento, a cessão do imóvel foi fruto da cooperação da Justiça Federal e do Ministério Público Federal com a Policia Civil.
A decisão foi tomada pela 5ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso do Sul, onde corre o crime contra a organização criminosa liderada por Emídio Morinigo Ximenez e pelos filhos dele, Kleber e Jefferson, além de mais cinco pessoas, que foram presas.
O volume de bens arrestados chegou a R$ 230 milhões no Brasil e no Paraguai.
No período da investigação, mais de 3 toneladas de cocaína foram apreendidas com o "Clã Morinigo".
Estrutura
Além desse imóvel, cuja destinação final será dada ao fim da ação, o Dracco também passou a ter dois hangares no Aeroporto Teruel em Campo Grande MS.
Lá, vai ficar a seção de operações aéreas do departamento, que também recebeu da Justiça a autorização para uso de um avião Baron 58 apreendido do tráfico e de um helicóptero Robinson, avaliados em R$ 2,4 milhões.
DRACCO
Cabe destacar que o DRACCO foi criado em 05 de agosto de 2020 através do Decreto nº 15.493, tendo dentre suas principais atribuições: - planejar, orientar, fiscalizar e executar as atividades relativas ao combate à corrupção e ao crime organizado; - promover ações permanentes para o combate e até mesmo prevenção ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e à corrupção; buscando seu constante aperfeiçoamento e eficácia; promover o aprimoramento de mecanismos de combate à corrupção, à lavagem de dinheiro e ao crime organizado, para, efetivamente, devolver aos cofres públicos os recursos desviados; com a aplicação de instrumentos tecnológicos nos processos investigativos de combate à corrupção, lavagem de dinheiro e crime organizado e correlatos, por meio de inteligência financeira e de inteligência cibernética e telemática; coordenando investigações sistêmicas de atuação da Polícia Civil no combate as organizações criminosas e à corrupção e aos crimes de lavagem de dinheiro, bem como aos crimes a eles conexos ou de natureza especial, gerenciar o laboratório de tecnologia contra a lavagem de dinheiro e o laboratório de tecnologia cibernética e telemática; além de apurar infrações penais relacionadas à aeronaves e seus componentes, que desempenha de maneira pioneira por meio da operação Ícaro.
Por Marta Ferreira
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