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    18/05/2021

    PARANAÍBA| Dia de Luta Anti-manicomial é lembrado pelo CAPS

    No dia 18 de maio é comemorado o Dia Nacional da Luta Anti-manicomial e para lembrar o movimento o CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) criou a campanha "Liberdade é o melhor cuidado! Trancar não é tratar".

    De acordo com a coordenadora do CAPS, Katiuscia Cristina Freitas da Silva, devido a pandemia e mudança de prédio, o movimento será lembrado apenas pelas redes sociais. Ela enfatizou que Movimento Anti-manicomial ou Luta Anti-manicomial é um processo organizado de transformação dos serviços psiquiátricos (anti-psiquiatria), derivado de uma série de eventos políticos globais, baseado no discurso do médico italiano Franco Basaglia.

    “A data é importante para se refletir sobre as conquistas alcançadas após 34 anos do início da reforma psiquiátrica, assim como para garantir que não haja retrocesso nos direitos adquiridos das pessoas com transtornos psiquiátricos”, salientou a coordenadora.

    O CAPS é um dos serviços substitutivos aos antigos manicômios e tem contribuído para a inserção social de todas as pessoas com algum tipo de transtorno e também dependentes de substâncias psicoativas (álcool e drogas). Sua equipe é formada por médico, farmacêutico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, técnico enfermagem, artesão, recepcionista, digitador e, em breve, contará com terapeuta ocupacional.

    Para ser atendido pelo CAPS, o paciente pode ser por encaminhado pelo médico ou por demanda espontânea. A unidade agenda a triagem e acolhimento e depois insere nos atendimentos com os respectivos profissionais. Os casos menos graves de saúde mental são encaminhados para o ambulatório no Posto de Saúde Central.

    O Centro de Atendimento Psicossocial realiza visitas domiciliares, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimento médico, atendimento de serviço social, atendimento psicológico, atendimento do paciente em sua integralidade e atendimento familiar.

    “Somos o serviço regulador das internações psiquiátricas quando após diversas tentativas de tratamento e por ventura não tiver resolvido em último caso encaminhado para internação. Nosso objetivo é conseguir tratar o paciente sem internar, até porque a loucura propriamente dita, os transtornos psiquiátricos como esquizofrenia, não tem cura e sim controle. A família tem que aprender a conviver com paciente em casa. Assim como a dependência química a internação é pra desintoxicação. A reclusão tanto na psiquiatria quanto na dependência química não é o melhor tratamento”, explicou Katiuscia.

    De acordo com o CAPS, antes da pandemia de COVID eram atendidos diariamente em oficina terapêutica de 30 a 40 pacientes. As oficinas terapêuticas serão retomadas a partir do dia 24 de maio, com grupo reduzido.

    No Município, a unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 6h30 às 16h, na Rua Francisco Mariano de Faria, 346, no Bairro Santo Antônio (Antiga Unidade de Saúde Daniel). Os telefones para atendimento são: (67) 3669-0075 ou 99993-8146. Os interessados pelos serviços do CAPS podem procurar os profissionais da unidade.

    Por: Luana Chaves
    Imagem: Marnei Marcelo

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