CAMPO GRANDE (MS),

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    29/03/2021

    Preso em Campo Grande, acusado de matar Marielle tem interrogatório adiado

    Pandemia atrapalhou transferência e acusado de executar vereadora do RJ veio para a Capital 1 ano após pedido

    Ronnie Lessa quando foi preso em 12 de março de 2019 ©TV Globo/Reprodução
    Preso há 110 dias na Penitenciária Federal de Campo Grande, Ronnie Lessa, o sargento reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro acusado de matar a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), teve interrogatório adiado. Além da acusação por homicídio triplamente qualificado, ele também responde a processo por comércio ilegal de arma de fogo.

    Conforme apurou o jornal O Globo, a audiência estava marcada para a próxima quarta-feira (31), mas ficou para abril, por causa do “feriadão” instituído pelo Governo do Rio de Janeiro como forma de frear o contágio no estado do sudeste. A oitiva será por videoconferência.

    Ronnie Lessa está em Campo Grande desde 9 de dezembro do ano passado, de acordo com apuração da Revista Veja. A pandemia também já havia atrapalhado a transferência do PM, da Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, para a unidade na Capital.

    Desde janeiro de 2020, o Ministério Público do Rio de Janeiro tentava separar o sargento reformado do ex-PM Élcio de Queiroz, na tentativa de evitar que eles combinem versões para o Tribunal do Júri. Mas, logo que o coronavírus chegou ao Brasil, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) suspendeu as transferências de presidiários. A medida só foi revogada em 5 de novembro e em dezembro, o juiz Diogo Negrisoli Oliveira, corregedor do presídio de Porto Velho, atendeu ao pedido do MPRJ.

    O transporte de Lessa aconteceu no dia 9 sob sigilo absoluto, ainda segundo a Veja, tanto que o advogado Bruno Castro, que defende o policial reformado, afirma que soube da mudança no dia seguinte.

    Lessa é apontado como o autor dos tiros que mataram Marielle e o motorista dela, Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018. Já Queiroz é apontado como o condutor do Chevrolet Cobalt clonado usado na emboscada. Os dois, segundo a acusação, integram milícias armadas no Rio.

    Fonte: CAMPO GRANDE NEWS
    Por: Anahi Zurutuza

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