CAMPO GRANDE (MS),

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    08/12/2020

    Salário mínimo de 2021 será maior que o esperado

    Com a alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o governo precisou reajustar a oferta já estabelecida do salário mínimo para 2021 

    ©ILUSTRAÇÃO
    O Ministério da Economia revisou a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2020, e o mesmo apresentou crescimento de 2,35% para 4,10%. Dessa forma, o salário mínimo para 2021 deverá ser ajustado. Em abril, o Governo Federal propôs no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) que o piso salarial em 2021 seria de R$ 1.079. 

    No entanto, com a ampliação do INPC, o salário mínimo no próximo ano passa de R$1045 para R$1087, ou seja, um aumento de R$42,85. 

    Em 2019, o governo encerrou a política de reajuste real do salário mínimo, que havia sido implementada por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), informalmente em 1994, após a adoção do Plano Real. 

    Agora, portanto, o valor salarial se limita a seguir a determinação da Constituição, que fala em preservação do poder aquisitivo do trabalhador. Essa medida reflete em alívio financeiro aos cofres públicos. Afinal, para cada R$1 de aumento no valor do salário mínimo, o governo amplia em cerca de R$ 355 milhões as despesas por ano. 

    O salário ideal do brasileiro 

    Para calcular o salário mínimo, o governo considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação do ano anterior. Portanto, o varia conforme o aumento dos preços de consumo, registrados nas taxas de inflação. 

    No entanto, de acordo com os cálculos do Dieese, mais de 49 milhões de brasileiros vivem com um salário mínimo. Mas com a alta dos preços e o real poder de compra do brasileiro, a remuneração mensal deveria ser de mais de R$4 mil reais por mês e não R$ 1.045. 

    Esse cenário, portanto, revela que somente soluções financeiras alternativas são capazes de auxiliar a população nacional a organizar o orçamento, adquirir bens duráveis e tirar sonhos do papel. 

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