CAMPO GRANDE (MS),

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    29/12/2020

    CAPITAL| Passagem de ônibus a R$ 4,20 passa a ser cobrada na quarta-feira (30)

    Inflação medida pelo INPC foi o que mais impactou alta, segundo a Agereg

    ©ARQUIVO
    O reajuste de 2,43% na tarifa do transporte coletivo em Campo Grande passa a valer a partir desta quarta-feira (30). Decreto que fixa o valor em R$ 4,20 foi publicado na edição desta terça-feira (29) do Diogrande (Diário Oficial do município).

    Para as linhas executivas, o passe custará R$ 5,15. Em feriados, o valor cai para R$ 1,68, cobrado no cartão. O troco máximo segue em R$ 20.

    Esse preço foi antecipado mais cedo pelo diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Vinícius Campos. Ao Jornal Midiamax, ele declarou que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) foi o que mais impactou na alta.

    “O ISS [Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, ISSQN] não foi incluído. Se fosse, a tarifa iria para R$ 4,40”, disse. O Consórcio Guaicurus, concessionária que opera o serviço, tenta na Justiça incluir o tributo na fórmula de reajuste.

    Na reunião do Conselho de Regulação, o grupo de empresas apresentou proposta de passe de R$ 5,10 a 5,15, mas conforme Campos, o colegiado levou em conta o valor resultante da fórmula.

    Reclamações

    Operando de forma limitada, o transporte coletivo tem acumulado cada vez mais reclamações. Leitores do Jornal Midiamax enviam diariamente relatos de má prestação do serviço.

    Decreto municipal limita a capacidade dos veículos a 70% da ocupação máxima, mas essa norma não vem sendo cumprida. Como se não bastasse, usuários reclamam que os ônibus não circulam ou estão em número ainda menor após as 22h.

    Ações

    Enquanto isso, a Justiça de Mato Grosso do Sul tem aliviado a situação crítica da concessionária. Decisão deste mês livrou o grupo de empresas de pagar R$ 32,8 mil em multas administrativas aplicadas pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito).

    No início da pandemia de Covid-19, o Consórcio pediu para que a prefeitura elaborasse plano de socorro financeiro, mas o pedido foi negado pela Justiça, assim como recurso desta sentença.

    Meses depois, foi a vez do MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) cobrar a concessionária para implantar medidas de biossegurança, mas novamente as determinações foram descumpridas.


    Fonte: Midiamax
    Por: Adriel Mattos

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