CAMPO GRANDE (MS),

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    01/10/2020

    MS tem calor de 44,1°C e cidades do interior quebram recorde de temperatura do estado de 1962

    Segundo o INMET, a maior temperatura registrada em Mato Grosso do Sul havia sido em Corumbá, na região do Pantanal, há 38 anos, com 43,8 °C.

    Sol predominou nesta sexta-feira em MS ©Carla Salentim
    Água Clara e Coxim, duas pequenas cidades do interior do estado quebraram um recorde histórico nesta quarta-feira (30), em Mato Grosso do Sul, ao registrarem 44,1°C. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), essa é temperatura mais alta registrada no estado há 38 anos. A maior havia sido em Corumbá, na região do Pantanal, em 1962, com 43,8 °C.

    Segundo o meteorologista Natálio Abrão, a temperatura em Água Clara nesta quinta-feira (1), foi ainda maior com 44,4ºC. No dia anterior, Campo Grande já havia registrado recorde de calor para o mês de setembro de 40,8ºC.

    O INMET prevê que as temperaturas continuem superando a marca dos 44ºC em Mato Grosso do Sul nos próximos dias . O meteorologista afirma ainda que o forte calor é resultado de uma combinação de fatores: as queimadas no Pantanal, o fenômeno La Niña e uma massa de ar que está instalada no centro do país.

    "Essa massa está instalada há vários dias, parece um bolo e vai crescendo e aumentando a medida que a temperatura aumenta, enquanto não vir uma massa de dar frio, ela não vai embora e a tendência para os próximos dias é piorar", explicou.

    O tempo seco e quente no estado vem desde o começo de agosto. A última chuva foi registrada em Campo Grande ocorreu no dia 20 de setembro, mas só foram 2 milímetros, considerado um número insignificante .

    O Pantanal que fica a cerca de 250 km da capital, também sofre com a estiagem. Já foi registrado o número mensal mais alto de focos de incêndio desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: foram 6.048 pontos de queimadas registrados no bioma desde o dia 1º de setembro até o dia 23 de setembro, o dado mais recente. O recorde mensal anterior era de agosto de 2005, quando houve 5.993 focos de incêndio no bioma.

    Por Ricardo Freitas, G1 MS



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