Cultura plural se torna exigência no mercado de trabalho
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Após ser criticada pela falta de um programa de diversidade, Wall Street resolve mudar seu recrutamento, visto que, entre 80 executivos do alto escalão de seis instituições financeiras, apena um era negro.
Apesar de representarem uma parte muito grande da população americana, pessoas negras ocupam apenas 10% das posições de gerência que exigem nível de escolaridade médio. Isso acontece pela tradição conservadora dos bancos de preferirem estudantes das faculdades de administração mais prestigiadas pelo mercado financeiro.
O reitor da Faculdade de Administração da Universidade Howard, conhecida por ser a que mais tem alunos negros, declara que “É preciso ter uma estratégia abrangente que incorpore relacionamentos com escolas fora de sua bolha tradicional”.
Mesmo assim, entre os bancos dos EUA e do Reino Unido, a procura é maior por alunos formados em faculdades de elite, de acordo com apuração do LinkedIn.
Políticas de Inclusão
Mudar perante a nova realidade que se apresenta (com urgência) é fazer uma leitura sensata do mundo. Por essa razão, o mercado de trabalho tem repensado os modelos de processos seletivos.
Grandes transformações não acontecem da noite para o dia. Para instaurar uma nova cultura plural é preciso envolver todos os colaboradores e fomentar debates; dar voz a quem representa minorias e garantir oportunidade e salários igual.
Diverso e lucrativo
Apesar de não ser o motivo principal, implementar uma política de inclusão gera mais performance. De acordo com o estudo da Consultoria McKinsey, feito com mais de mil empresas de 12 países, as que promovem a diversidade de gênero em cargos executivos podem ter 21% a mais de lucro que outras.
Quando a preocupação se volta para diversidade cultural e étnica, o número é mais expressivo, 33%.
Falando em business, para empresas que ainda não se preocupam com esta pauta, vale lembrá-las da diversidade entre clientes e consumidores. Dependendo do nicho, é essencial mostrar uma política sólida de inclusão. Uma vez que estes clientes estão mais atentos, isto tem estimulado a competitividade e quem não se adequar, pode ficar de fora.