CAMPO GRANDE (MS),

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    06/08/2020

    Secretário de Transportes de Dória é preso em casa, na Zona Oeste de SP, em operação da Lava Jato

    Alexandre Baldy foi preso na manhã desta quinta (6). Operação apura desvios na saúde envolvendo órgãos federais. Prisão temporária do secretário é uma das seis expedidas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ.

    Ministro das Cidades Alexandre Baldy Uberaba investimentos — Foto: Neto Talmeli/Prefeitura de Uberaba
    O secretário dos Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo, Alexandre Baldy de Sant'Anna Braga, foi preso pela Polícia Federal em sua casa, no Jardins, na Zona Oeste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (6).

    Ele é um dos alvos da Operação Dardanários, que apura desvios na Saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo, envolvendo órgãos federais.

    Baldy, que foi deputado federal por Goiás e ministro das Cidades no governo do ex-presidente Michel Temer, é apontado por atos suspeitos antes de assumir a pasta no governo de São Paulo.

    Segundo a investigação, ele usou da influência dos dois cargos para intermediar contratos, sobre os quais ganharia um percentual.

    A TV Globo apurou ainda que, entre os contratos investigados, estão o de Organizações Sociais (OSs) com o Hospital de Urgência da Região Sudoeste Dr. Albanir Faleiros Machado (Hurso), em Goiás; com a Junta Comercial Goiana e com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa/Fiocruz).

    Baldy teria oferecido vantagem a um colaborador para não entregar o esquema.

    De acordo com a PF, foram apreendidos R$ 90 mil em um imóvel do secretário em Brasília.

    Em nota, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos disse que "colaborou junto à PF enquanto estiveram no prédio. Após as buscas, nenhum documento ou equipamento foi levado pela Polícia Federal."

    A prisão do secretário é uma das seis expedidas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ na operação.

    Também são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Petrópolis (RJ), São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.

    A operação é um desdobramento das investigações realizadas no âmbito das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS.

    Os suspeitos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

    Segundo a PF, dardanários são "agentes de negócios, atravessadores que intermediavam as contratações dirigidas".

    Por G1 SP — São Paulo



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