CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    09/04/2020

    Revoltado com diagnóstico, paciente cospe e dá soco em médico

    O homem teria cuspido e espirrado sangue contra funcionários da unidade de saúde e atingido com um soco um médico que tentou contê-lo.

    ©REPRODUÇÃO
    Um paciente com suspeita de infecção pelo novo coronavírus agrediu membros da equipe de saúde da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Sitio Cercado, em Curitiba (PR), nesta quarta-feira (8). O homem de 40 anos teria cuspido e espirrado sangue contra funcionários da unidade e atingido com um soco um médico que tentava contê-lo.

    Segundo relatório de atendimento gerado pela unidade e divulgado pelo Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar), o médico Igor Onaka foi chamado para auxiliar no atendimento do paciente que apresentava sintomas da Covid-19, mas recusava indicação de internamento.

    Conforme o documento, foi quando o homem arrancou o cateter de oxigênio e o acesso venoso que mantinha no braço, o que provocou a perda de sangue. Ao ser contido, o paciente deu um soco no rosto do médico, que ficou sujo pelo sangue do homem e dele mesmo.

    Ainda segundo o relato, o paciente balançou o braço para que o sangue atingisse os demais funcionários da unidade e também cuspiu contra à equipe de saúde e agentes da guarda municipal chamados para auxiliar na ação. Ele também teria tentado morder os servidores.

    Ao final do relatório, a equipe pediu ajuda às autoridades de saúde diante da gravidade do caso e do risco de contaminação. O grupo citou que a unidade está sem equipamentos de proteção adequados para o atendimento, contando apenas com máscaras cirúrgicas.

    Em nota, a prefeitura de Curitiba confirmou o caso e afirmou que o homem apresentava sintomas de Covid-19, como dificuldade de respirar, e possui histórico de transtorno mental.

    A secretaria de saúde e a Fundação Estatal de Atenção à Saúde, que administra a UPA, repudiaram a agressão, mas disseram lamentar "a tentativa da entidade que representa os médicos de relacionar a violência à suposta falta de equipamentos de proteção individual".

    Os órgãos afirmaram que demonstraram ao Ministério Público do Trabalho que seguem as normas para uso de EPIs e que até vai além das normas da Anvisa, fornecendo "equipamentos mesmo em situações em que não seriam necessários".

    NAOM



    Imprimir