CAMPO GRANDE (MS),

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    21/04/2020

    Médico de 32 anos morre vítima de coronavírus

    Jovem intensivista de 32 anos que atuava na linha de frente morre vítima de Covid-19 em SP. Irmã conta que a doença evoluiu muito rápido e disse que falou com o médico horas antes dele morrer

    Vítima de coronavírus, o médico Frederic Jota Silva Lima malhava e tinha hábitos saudáveis
    O médico Frederic Jota Silva Lima, de 32 anos, morreu vítima de coronavírus nesta segunda-feira (20) em São Paulo. Ele não tinha comorbidades. As informações são da Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital Emílio Ribas.

    O jovem intensivista trabalhava na linha de frente de combate à Covid-19 no Hospital Santa Marcelina, na Zona Leste da capital, e na UPA do Rudge Ramos, em São Bernardo, no ABC paulista. Ele buscou atendimento no pronto-socorro do Emílio Ribas na madrugada de segunda-feira e morreu no mesmo dia.

    Segundo fontes médicas do hospital, ele chegou sozinho de Uber, em estado muito grave, e foi levado ao pronto-socorro. Com muita dificuldade para respirar, chegou a ser entubado, mas faleceu pouco depois.

    “Infelizmente morreu ontem um médico da nossa rede hospitalar. Era um rapaz muito jovem, que infelizmente veio a falecer”, afirmou o secretário.

    A família está consternada com a morte do médico de apenas 32 anos e a irmã dele, Eva Tolvana, que vive no Pará, disse que chegou a conversar com ele no domingo (19), pouco antes dele morrer.

    “Ele estava apresentando tosse. No domingo de madrugada, ele teve falta de ar e foi para o hospital. Consegui falar com ele por mensagem no domingo pela manhã. Ele falou que estava ruim e já não visualizou mais minhas outras mensagens. Em 50 minutos não estava mais online. E quando foi meio do dia, um amigo dele me ligou dando a notícia. Ele se sentiu mal, tentaram entubar, mas ele teve uma parada e não resistiu”, conta a irmã.

    O secretário Edson Aparecido lamentou a morte do médico e disse que o falecimento dele é uma triste notícia e mostra que a Covid-19 é uma doença imprevisível.

    “Evidente que o histórico da doença na Europa e na Ásia mostra que as pessoas idosas estão mais suscetíveis a ter a doença. Mas 100% da população é suscetível à doença. Isso que nós precisamos entender. De uma maneira ou de outra, parte expressiva da população vai ter a doença, vai ser contaminada, parte dela vai precisar de algum serviço médico, um contingente que não é pequeno vai precisar de um leito de UTI, sobretudo no Sistema Único de Saúde, então, portanto, essa questão de que apenas atinge apenas as pessoas acima de 60 anos, cada vez mais não se demonstra”, afirmou.

    Segundo o secretário municipal de Saúde de São Paulo, a capital paulista tem até está terça-feira (21) 3.336 profissionais de saúde afastados por suspeitas de coronavírus. Desse total, 532 já foram confirmados com a Covid-19.

    Fonte: PP



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