CAMPO GRANDE (MS),

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    19/03/2020

    PANDEMIA| "Se falta emprego, falta pão", questiona Bolsonaro sobre fechamento do comércio

    Em live, o presidente Jair Bolsonaro criticou medidas de governadores que buscam conter o avanço do novo coronavírus. "A economia tem que funcionar", disse

    ©REPRODUÇÃO/FACEBOOK
    O presidente Jair Bolsonaro criticou, durante transmissão ao vivo na internet, na noite desta quinta-feira (19/3), as medidas adotadas por alguns governadores para combater o novo coronavírus, como fechamento do comércio. Segundo o presidente, tais medidas podem ser excessivas, prejudicando a economia e colocando em risco o emprego da população.

    "O remédio, quando é em excesso, pode não fazer bem ao paciente", comparou. "A economia tem que funcionar. As pessoas vão ficar em casa e se alimentar do nada? Se falta emprego, falta pão em casa", afirmou, em live transmitida pelo Facebook (assista abaixo). Entre os governadores que adotaram medidas como o fechamento do comércio está Ibaneis Rocha, do Distrito Federal. 


    De máscara, o presidente confirmou que mais um integrante da comitiva que viajou com ele aos Estados Unidos foi diagnosticado com coronavírus. Trata-se do presidente da Agência Brasileira de Promoção à Exportação (Apex), Almirante Sérgio Segovia. Este é 18° caso entre as pessoas que viajaram com o presidente para os Estados Unidos. 

    Mesmo assim, Bolsonaro, que chegou a tossir durante a transmissão, continuou a adotar tom ameno ao falar da pandemia. "O nosso almirante Segovia deu positivo. Perguntei para ele se estava sentindo alguma coisa. Ele disse que nada. Ele deve ter seus 55 anos, um pouquinho menos. Perguntei para o general Heleno, 74 anos, o que está sentindo. Ele disse 'Nada. Inclusive, acabei de fazer 50 minutos de bicicleta'", contou.

    Festa em família

    O presidente argumentou que, muitas pessoas, se não tivessem feito o teste, nem saberiam que estavam com o vírus. "Em outras pessoas, a infecção torna-se grave e, em alguns poucos casos, pode levar a óbito", reconheceu, acrescentando que o governo tem trabalhado. "A preocupação do governo existe. O meu trabalho é não levar pânico", disse.

    Bolsonaro também voltou a falar na festa de seu aniversário, no fim de semana. Há alguns dias, ele causou polêmica ao dizer que daria uma festa, como forma de dizer que há uma preocupação excessiva com o vírus. Desta vez, o presidente disse que ficará em casa, apenas com a família. "Daqui a dois dias vai ter uma festa aqui em casa: eu minha esposa e minhas duas filhas. Ou será que eu estou proibido?", questionou.

    Fonte: Correio Braziliense
    Por: Thays Martins



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