CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    12/03/2020

    BRASIL| Janeiro foi o mais quente de todos os tempos

    ©REPRODUÇÃO
    Janeiro de 2020 entrou para a história como o início de ano mais quente registrado em todo o mundo. A informação foi divulgada pelo Programa Copernicus, serviço da União Europeia que observa o planeta Terra e gera relatórios sobre mudanças climáticas. O janeiro mais quente registrado até este ano era o de 2016, quando o fenômeno El Niño ocorreu de maneira muito intensa. 

    Boa parte do mundo passou por temperaturas acima da média no primeiro mês do ano. Na Europa, por exemplo, a temperatura média foi 3,1°C maior do que a temperatura média do período 1981-2010, referência adotada pelo Programa Copernicus. 

    No Mato Grosso do Sul não foi diferente. Já no primeiro dia do ano, as temperaturas chegaram aos 31°C no estado. De acordo com dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima, o Cemtec, divulgados pelo governo estadual, a temperatura por aqui chegou a 35°C em janeiro, sendo as maiores na região pantaneira. 

    Mesmo que a média de 2020 tenha sido maior, os picos de 2019 foram mais quentes no estado. Ano passado, em janeiro, os termômetros chegaram a marcar 40°C em algumas cidades, como Aparecida do Taboado, Inocência, Três Lagoas, Costa Rica, Água Clara e Santa Rita do Pardo. 

    Um fato que impressiona, além das altas temperaturas, é que este calor ocorreu mesmo sem a presença de nenhum fenômeno meteorológico na região, como o El Niño ou La Ninã, que podem alterar bruscamente os termômetros, deixando claro que o planeta está espontaneamente mais quente. 

    Quem fica feliz com isso são as pessoas que trabalham com produtos refrescantes, que aumentam consideravelmente o número de vendas em épocas como esta. Em Curitiba, por exemplo, cidade conhecida pelas baixas temperaturas, a procura por ventiladores cresceu 30% no início deste ano. Algumas lojas chegaram a ficar sem estoque do produto. Com o ar-condicionado e o ventilador de teto não foi diferente

    Vale lembrar que este foi o primeiro mês da nova década, que já chegou batendo recordes. O Programa Copernicus também indicou que a década passada, que iniciou em 2010 e terminou em 2019, foi a mais quente de todos os tempos, comprovando o aquecimento global que vem sendo constatado. 

    O recém-terminado 2019 foi o segundo ano mais quente já registrado, perdendo por muito pouco para 2016, primeiro colocado. O começo de 2020 mostrou, mais uma vez, que as consequências ambientais dos gases emitidos na era atual serão cada vez mais sentidas. A estimativa dos estudiosos do clima é que o planeta esquente mais 4°C ou 5°C até o fim deste século, podendo trazer efeitos desastrosos, como o derretimento das geleiras, encolhimento dos rios e até escassez na produção de eletricidade. 



    Imprimir