CAMPO GRANDE (MS),

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    20/02/2020

    "Famílias deixam de comprar comida para pagar energia", diz empresário

    A União de Vereadores de MS pede o apoio do Movimento Energia Cara Não para levar as denúncias à CPI

    ©Reprodução/C4 Portal de Notícias
    “Tarifas de energia elétrica em Mato Grosso do Sul continuam ‘elevadíssimas’ e parecem sem controle por parte da empresa responsável pelo fornecimento, a Energisa”. A afirmação é do empresário Venício Leite, líder do movimento popular Energia Cara Não.

    Leite diz receber inúmeras reclamações e comprovações diariamente, enviadas por consumidores em todo o Estado, que se reforçam com as denúncias da União das Câmaras de Vereadores de Mato Grosso do Sul (UCVMS).

    Conforme documento enviado pelo presidente da entidade, Jeovani Vieira dos Santos, o legislativo municipal do interior do Estado tem comprovado problemas com relação ao serviço de fornecimento de energia elétrica, especialmente no meio rural.

    Dentre as reclamações, Leite, aponta que estão deficiências técnicas, que encarecem a energia. Ele destacou que as principais reclamações são de: 

    Oscilação de energia; Demora no atendimento para o restabelecimento do fornecimento de energia, o que tem provocado inúmeros prejuízos; Manutenção deficitária para as redes elétricas da área rural e o maior volume de reclamações diz respeito aos valores das tarifas que são exorbitantes e cada vez maiores.

    “Os consumidores não têm mais onde economizar”, insiste o vereador Jeovani Vieira dos Santos em ofício encaminhado a Venício Leite.

    Ele pede para que o movimento popular leve as reclamações feitas pela União de Vereadores de MS à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aberta pela Assembleia Legislativa, para investigar as denúncias, que surgiram em enxurradas, há mais de ano em todo o Estado. A CPI andou muito morosa desde a abertura, o responsáveis falam em falta de interesse dos parlamentares. 

    O líder empresários diz que muitas contas de energia elétrica de Campo Grande e interior tiveram reajustes claramente abusivos de 100%, 200%, 500% e outros casos de até l.000% de reajuste. “Estamos dando todo apoio aos trabalhos da CPI para proteger os direitos dos consumidores que estão sendo prejudicados pela Energisa em Mato Grosso do Sul”, afirmou Venício Leite. O empresário disse ainda que muitas famílias estão “deixando de comprar comida e medicamentos, para poder pagar a conta de energia elétrica”.

    Venício Leite enalteceu os trabalhos da CPI, conduzidos pelo deputado Felipe Orro, de maneira “séria e exemplar”. O movimento popular está confiante nos resultados dos trabalhos em favor dos consumidores de energia elétrica de Mato Grosso do Sul, finalizou.

    O MS Notícias entrou em contato com a Energisa, para buscar posicionamento da empresa. Confira abaixo na íntegra a resposta da empresa às alegações acima. 

    Nota | Energisa

    A Energisa esclarece que as tarifas de energia são determinadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), órgão regulador do setor em todo o país. 

    A empresa lembra que possui diversas soluções para auxiliar os consumidores, principalmente os de baixa renda, a reduzir suas contas de luz com o cadastro na Tarifa Social, além do como Programa de Eficiência Energética. Destaca, porém, que é fundamental que o cliente acompanhe seu consumo junto ao medidor e saiba como usar de forma eficiente os equipamentos elétricos.

    A respeito da qualidade dos serviços, a Energisa informa que investiu mais de R$ 77 milhões na construção e manutenção das redes rurais em 2019, inclusive nos cerca de 15 mil km de redes rurais particulares que foram incorporados em estado precário desde 2017 e agora contam com manutenção, inclusive preventiva do Grupo. 

    A Energisa está à disposição para prestar todas as informações necessárias à sociedade e aos representantes do poder público. A empresa trabalha a favor da ética e da transparência, pilares de atuação que são ainda mais relevantes em companhias que atuam com concessões públicas.

    Fonte: Tero Queiroz



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