CAMPO GRANDE (MS),

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    30/01/2020

    Tudo sobre o leal Komodor, uma das raças caninas mais conhecidas do mundo

    Valentia, potência, amor e lealdade são as principais características desse histórico cachorro, um verdadeiro gigante carregado de dreads 

    ©DIVULGAÇÃO
    Portando inconfundíveis e longos dreadlocks brancos — que podem medir até 27 cm —, o Komondor é reconhecido pela enorme lealdade aos tutores e sua casa. A excêntrica pelagem, outra característica notável do pet, é herança resistente de um passado como cão de serviço, sobretudo cumprindo a função de proteção de rebanhos. 

    Há várias teorias que divergem acerca da origem e criação da raça. Entretanto, duas hipóteses são destacadas por estudiosos como as mais aceitas: a primeira remonta à história da formação húngara, na qual o Komondor, descendente de cães tibetanos, foi levado para a região junto dos magiares — povo nômade que deu origem à atual Hungria. Já a outra alternativa diz que é mais possível que os primeiros exemplares migraram com sociedades errantes turcas. 

    Independentemente da narrativa adotada, os especialistas concordam com a funcionalidade defensora designada ao cão: as “cordas” que recobrem toda a sua extensão formam uma eficiente veste capaz de confundir possíveis predadores, uma vez que o cachorro consegue, assim, se passar por uma ovelha insuspeita. 

    Devido aos cercamentos e o constante avanço tecnológico no setor agropecuário, o disfarce não é mais necessário. Porém, mediante aspectos comportamentais, o Komondor ainda é considerado um excelente guarda para casas, famílias e terrenos. 

    Temperamento 

    Com grande porte e características físicas expressivas, em um primeiro momento o Komondor pode causar certo medo. Contudo, essa imagem rústica não condiz com a personalidade e temperamento da raça. 

    O Komondor, apesar do ávido instinto protetor, é considerado um cão afetuoso, dócil e dedicado à família humana. Mediante origem e serventia, pode reagir com braveza e independência a determinadas situações, mas, apresentando elevada inteligência, costuma se portar por intermédio da dedicação e do amor aos tutores. 

    No entanto, esse quadro pode se alterar com a presença de desconhecidos, tendo em vista que a raça, de modo geral, possui uma personalidade reservada e raramente permite uma interação com estranhos. Inclusive, em situações de ameaça e perigo iminente, atitudes agressivas podem ser conferidas. 

    Características valentes 

    Devido ao seu vigor físico e grande autonomia, o adestramento doméstico do Komondor requer uma tutela firme, realizada por um indivíduo que possua voz ativa, controle e capacidade de liderança. Vale ressaltar o modo de ação silencioso da raça, que dificilmente late e demonstra inquietação, agindo, então, destemido e sorrateiramente. 

    A socialização, bem como treinos e atividades de obediência, devem ser iniciados desde muito cedo: assim que o filhote adquire certa independência; evitando, dessa maneira, que o cachorro se oriente por parâmetros e limites próprios, concebendo bons aspectos de obediência. 

    A convivência desses cães com outros animais é bem amistosa. O único contratempo verificado nessa questão é a possível disputa pela liderança do grupo, sobretudo com outros cachorros — o porte avantajado e a potência física geralmente o fazem vitorioso. 

    Recomenda-se que a criação seja feita em ambientes ao ar livre, sendo, assim, indicado para viver em fazendas e sítios — fazendo valer a qualificação protetora. Além do mais, atividades em locais abertos estimulam seus aspectos naturais, como a força e coragem. 

    Cuidados e atenções especiais 

    Mesmo com um grande quintal ou campo aberto, passeios diários ainda são indispensáveis. Longas caminhadas, interações diretas e espaços seguros para uma boa corrida são fatores essenciais para que o Komondor consiga gastar toda sua energia e potência acumulada. 

    Apesar da robustez e resistência, a raça, como qualquer outra, é passível de contrair certas enfermidades. Os problemas mais recorrentes são: otite, irritações na pele, torção gástrica e displasia coxofemural — comum em cães de grande porte. 

    Evidentemente, a pelagem cordada, densa e volumosa, carece de atenção redobrada. Sua formação se inicia a partir dos oito meses de vida do cão, sendo finalizada após cerca de um ano e meio. Devido à sua configuração, não é recomendada a escovação nem a tosa dos pelos, sendo indicado apenas aparagens regulares e a separação manual das cordas, dividindo-as entre camadas internas e externas. 

    Banhos também não devem ocorrer com grande frequência, pois, como já explicitado, os pelos demoram muito para secar. 

    A alimentação é outro ponto que deve ser constantemente observado, já que a média de peso da raça fica em torno de 60 kg, podendo, dessa maneira, desenvolver com facilidade panoramas de obesidade e problemas cardíacos. 



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