Novo presidente da Argentina tem relação estreita com o futebol
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Assim como no Brasil, o futebol é uma das paixões do argentino. Lá, como aqui, política e futebol se misturam na construção social do país. Por isso, o novo presidente eleito do país, Alberto Fernández, não está imune ao vínculo. As Apostas Esportivas Bônus nem puderam começar as pesquisas para conhecer o time do mandatário, torcedor do Argentinos Juniors.
Por isso, a relação do atual presidente com o clube é cheia de idas e vindas, amor e ódio, como toda relação entre um apaixonado e determinado clube de futebol.
Para começar, Fernández foi eleito ao vencer Mauricio Macri, que presidiu o Boca Juniors entre 1995 e 2007, em uma das épocas mais vitoriosas do clube, conquistando títulos importantes, como a Libertadores da América e o Mundial de Clubes.
Alberto Fernández nunca presidiu o Argentino Juniors, mas se envolve diariamente no andamento do clube, sempre pelas redes sociais. Sua conta no twitter mescla análises políticas e críticas ao time. Até os rivais tem espaço na conta do agora presidente da Argentina.
Durante a campanha, o político esteve no campo do Argentino Juniors, durante o intervalo da partida contra o River Plate. Ele recebeu uma camisa das mãos do maior ídolo do clube, Diego Armando Maradona, e foi saudado pela presente torcida. Maradona, aliás, sempre apoiou Cristina Kirchner, que se elegeu como vice-presidenta na chapa de Fernández.
Assim que eleitos, Maradona postou uma foto no Instagram homenageando a chapa. "Bem-vindos, Cristina Kirchner e Alberto Fernández. Estávamos esperando vocês. Vamos, Argentina!", postou.
Mas a relação com o Argentinos Juniors é mais especial do que se imagina. No ano passado, antes de formar a chapa com Cristina Kirchner, Fernández confidenciou a amigos e diretores do clube que estava pensando na candidatura presidencial. "Cristina sozinha não consegue. Sem Cristina não se pode", adiantou em uma roda de conversa, ao adiantar seus planos políticos.
Segundo reportagem do jornal La Nación, Alberto Fernaández é amigo de longa data de pessoas influentes no Argentinos Juniors. Luis Segura, ex-presidente do clube e também da Associação de Futebol da Argentina (AFA), principal instituição do esporte no país - semelhante a CBF no Brasil.
Mas, para além das ligações institucionais, o atual presidente da Argentina é um "corneta" dos rivais. Para isso, não poupa críticas aos times rivais ou ao próprio treinador, chamado pelo político de retranqueiro.
Na final da Libertadores do ano passado, disputada entre Boca Juniors e River Plate, Alberto Fernández repreendeu o atacante Dario Benedetto, que na comemoração do gol com a camisa do boca, mostrou a língua para o rival. A final, vencida pelo River, por 3 a 1, foi alvo de comentários no twitter do agora presidente.
"Benedetto, é ruim ficar com raiva por não jogar a final no Monumental de Nuñez (estádio do River), querer ganhar no 'tapetão' e mostrar a língua a um adversário depois de fazer um gol. Fazer isso não é coisa de um bom profissional. "Quem ri por último, ri melhor", diz o ditado. Parabéns, River", escreveu.
