CAMPO GRANDE (MS),

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    04/07/2018

    Trabalhos escolares com temática étnico-racial serão premiados pela Águas Guariroba

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    O Programa Respeito Dá o Tom, desenvolvido em Campo Grande pela Águas Guariroba, através da holding Aegea, lançou nesta quarta-feira (04) um prêmio que irá reconhecer os melhores trabalhos desenvolvidos em escolas estaduais da Capital com a temática da diversidade racial. O lançamento do 1º Prêmio Respeito Dá o Tom aconteceu no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).
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    A ação, realizada com o apoio da Secretaria Estadual de Educação (SED), tem o objetivo de promover e valorizar trabalhos que tragam à tona o debate da promoção da igualdade racial, superação do racismo e da discriminação étnica. Serão premiados três melhores trabalhos em três categorias: vídeo, artes plásticas e projeto de pesquisa. O prêmio é de R$ 7 mil para o primeiro colocado, R$ 5 mil para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro lugar na competição. Poderão se inscrever grupos de alunos do ensino médio de escolas públicas de Campo Grande e da escola quilombola de Jaraguari. Inscrições e regulamento no site.
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    O evento de lançamento do prêmio contou com a participação de importantes representantes da luta pelos direitos da população negra em Mato Grosso do Sul. A procuradora de justiça, Jaceguara Dantas da Silva, representou o Ministério Público do Estado e destacou o apoio à iniciativa da Águas Guariroba e Aegea.

    “Sabemos da importância do lançamento do 1º Prêmio Respeito Dá o Tom, que visa premiar as escolas que trabalhem a temática do racismo. O combate ao racismo passa necessariamente pelo processo de educação, daí a importância dessa iniciativa. Uma criança não nasce racista, ela se torna racista. E a formação educacional é de primordial importância para a formação humanista e, sobretudo, para que se crie uma cultura de paz, diversidade, de tolerância e solidariedade na construção de um Estado Democrático de Direito”, enfatizou a procuradora Jaceguara Dantas. “Como representante do Ministério Público, quero dizer à empresa Águas Guariroba que nós estamos juntos neste projeto e vamos alcançar nosso objetivo, que é semear essa discussão no seio da sociedade e da comunidade escolar”, afirmou.
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    Aleixo Paraguassu, juiz aposentado e militante do movimento negro em Mato Grosso do Sul, sendo o primeiro juiz negro do estado, também participou do lançamento do 1º Prêmio Respeito Dá o Tom destacando a importância da iniciativa inédita. Para ele, o acontecimento é um marco na linha do tempo das lutas pela igualdade racial no MS. “Está se inaugurando uma nova etapa da luta do nosso povo afrodescendente, que é o empoderamento econômico e político”, comentou.

    O projeto de diversidade étnico-racial e cultural da Escola Estadual Joaquim Murtinho é uma das inspirações para a criação do prêmio. Izadir Francisco de Oliveira é o professor autor do projeto. Para ele, a iniciativa da Águas Guariroba e Aegea valorizam o que está sendo desenvolvido no âmbito educacional. “A importância é a valorização, é o respeito ao outro que nós procuramos desenvolver dentro de sala de aula. É importantíssimo que existam empresas, apoiando este trabalho. Elas estimulam as escolas a desenvolverem trabalhos que dizem respeito à diversidade”, avaliou o educador.

    Respeito Dá o Tom

    Beatriz Ferreira Raimundo, coordenadora do Respeito Dá o Tom na Aegea, participou do evento e falou sobre a iniciativa da companhia em realizar uma ação que contribua para o desenvolvimento da igualdade e equidade racial nas empresas e nas cidades onde a holding de saneamento atua. “O Programa Respeito Dá o tom trabalha com três pilares, que são nossos três grandes objetivos: empregabilidade, desenvolvimento e relacionamento. A empregabilidade é a inclusão, a atração do profissional negro para dentro da Aegea. O desenvolvimento é um desenvolvimento interno dos nossos profissionais para que eles ascendam dentro da organização. E relacionamento é com todos os atores que nós temos na sociedade, com todos os movimentos sociais. A gente não pode fazer essa conversa sem os movimentos sociais. É necessário que a gente amarre isso, que a gente consiga, conjuntamente, alcançar o que a gente de fato quer, que é espelhar a sociedade que a Aegea trabalha nas unidades que ela atende”, explicou. “Por que a gente trabalha com diversidade étnico-racial? Porque é valor, porque a gente acredita, porque é o certo”, concluiu a coordenadora.

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