CAMPO GRANDE (MS),

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    05/07/2018

    Para desenvolvimento do MS, Governo do Estado tem investimentos nos 79 municípios, diz secretário Jaime Verruck

    ©Divulgação
    Em entrevista exclusiva à Rádio Diamante FM, ao programa “A Bronca do Eli”, com o jornalista Eli Sousa, Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Elias Verruck, aponta função da pasta e trabalhos realizados por ele, desde que assumiu a secretaria, “A nossa pasta quando foi montada, reunimos todas as atividades de desenvolvimento econômico do Estado. Hoje, essa pasta cuida do Meio Ambiente, da Indústria, Comércio e Serviços, da Micro e Pequena Empresa no Estado, Ciências e Tecnologia e Turismo. Temos as nossas vinculadas que dão assistência a cada setor, como a Agraer, Imasul, Junta Comercial, etc”, destaca Secretário.

    Fazendo uma retrospectiva do trabalho realizado desde quando assumiu a Pasta, secretário Jaime Verruck destaca, “Quando assumimos o Estado, tínhamos um tempo médio de licenciamento em torno de 1022 dias, então, isso gerava um incomodo grande a todos os nossos empreendedores pela dificuldade em empreender no nosso Estado. Então, capacitamos os nossos funcionários, redefinimos os processos, descentralizamos a licença ambiental, hoje temos 11 municípios capacitados que podem dar a licença ambiental, queremos ampliar aos 79 municípios, mas para isso o município precisa estar capacitado” pontua.

    Com relação ao desenvolvimento industrial, Jaime Verruck fala sobre a inauguração da fábrica de proteína de soja texturizada, considerada o maior investimento dessa área na America do Sul. Além desta, secretário fala sobre a inauguração da GreenPlac em Água Clara, “Estou indo para Água Clara com o governador Reinaldo Azambuja para a inauguração da primeira industria de MDF, que é madeira processada, pega eucalipto e faz essa madeira para móveis, gerando mais de 700 empregos diretos e indiretos. Com essas novas fabricas temos a oportunidade de descentralizar, Campo Grande, Dourados e Três Lagoas que é a nossa Capital Industrial e levar a oportunidade para vários municípios do Estado”, diz Jaime Verruck.

    Em Chapadão do Sul, será inaugurado o Terminal Intermodal de Cargas, “Essa foi uma discussão que tivemos no início do governo, porque temos uma ferrovia que sai de Rondonópolis e vai até o terminal de Santos, entra ali próximo a Alcinópolis, Costa Rica, e sai lá em Aparecida do Taboado. Já inauguramos no ano passado um Terminal Intermodal de Celulose em Aparecida do Taboado, então hoje, a celulose de Três Lagoas, mais de 60% sai desse terminal que é a antiga Ferronorte e agora estamos inaugurando junto com a Rumo Logística, esse terminal para que a Soja e os grãos sejam carregados diretamente de Chapadão, com capacidade de mais de 2 milhões de toneladas de grãos”.

    Além da ferrovia, a hidrovia tem sido beneficiada pelo governo do Estado, “Depois de 8 anos parado, o Porto Murtinho foi reinaugurado, e terá mais um porto privado instalado para que seja feito o transporte de grãos, reinauguramos também o porto de Ladário para commodities, que trabalhava só com minério e já está fazendo o transporte de Soja pelo Rio Paraguai. Temos que lembrar que Mato Grosso do Sul está em recorde na produção de Soja e Milho, estamos falando em 18 milhões de toneladas no total”, diz Jaime Verruck.

    Para a Capital, Secretário Jaime Verruck enfatiza parceria com a Prefeitura através da Sedesc, “Campo Grande tem atração de investimentos através da estrutura adequada no núcleo industrial. Foram mais de R$ 11 milhões investidos no Núcleo Industrial do Indubrasil para que fosse feita a infraestrutura, que foi instituído pelo então governador Pedro Pedrossian, e que não tinha tido nenhum investimento em infraestrutura. O governo do Estado terminou todo o asfaltamento, isso para chamar investidores, então temos a atração para o investimento. Podemos destacar dois, a ABM e a fábrica de processamento de Sangue, na saída de Sidrolândia, Plasma, para ração, a Prefeitura com algumas doações de terrenos, implantou cervejaria e outras fábricas de relevância. Quando apresentamos o Estado, muitas indústrias escolhem a Capital pelos benefícios e facilidades na instalação das fábricas com relação a infraestrutura. Campo Grande precisa de emprego, em função da crise na construção civil, hoje o maior desafio é a geração de novos empregos”, pontua.

    Sobre o Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), 36 municípios serão beneficiados e com isso o Secretário Jaime Verruck aponta, “O FCO é gerenciado pelo nosso conselho da secretaria e temos R$ 2 bilhões de reais anos disponíveis, ano passado conseguimos utilizar 100% do valor, neste ano utilizamos até o momento R$ 1 bilhão, porque tivemos algumas mudanças, até importante ressaltar, que neste exato momento está fechado os financiamentos para o Rural e para a área Empresarial. Tivemos uma mudança da regra, beneficiando os municípios com mais baixa renda do Estado com uma redução de taxa de juros, então o Banco do Brasil e os Bancos Cooperativos estão adequando o sistema, sendo uma questão momentânea de 15 dias, exatamente por ser um benefício, para que possamos incentivar o investimento nestes municípios. Foi uma proposta do Governo do Estado junto ao Condel, onde 50% do investimento tem que ir para o desenvolvimento das pequenas empresas de Mato Grosso do Sul, é importante procurar o Sebrae, o Governo do Estado, para que tenha a oportunidade de investir através do FCO”.

    Para a Agricultura Familiar, o governo do Estado tem trabalhado em crédito fundiário, investimento, “Temos mais de 70 mil famílias na Agricultura Familiar, estamos falando em crédito fundiário, assentamentos estaduais e federais, alguns tocados pelo INCRA, então fizemos uma parceria com o INCRA, com cedência de 6 funcionários para regularizar esses assentados, dando cidadania para que pudessem usar o incentivo que pode chegar a R$ 15 mil reais. Temos através da Agraer, profissionais disponíveis nos 79 municípios, para auxiliar esses produtores, temos que destacar o trabalho da bancada federal, que disponibilizou emendas para a agricultura familiar e entregamos mais de 95 patrulhas mecanizadas, que estão sendo entregues pelo Governo do Estado juntamente com a bancada federal”.

    Com relação à denúncia da Fazenda Santa Mônica no Pantanal, que possui área de 855 hectares de vegetação nativa e liminar do Ministério Público não impediu o desmatamento de 20 mil hectares, de acordo com Jaime Verruck, “ A empresa fez a solicitação dentro dos trâmites legais e o Pantanal é considerado área de uso restrito, qualquer produtor pode solicitar o desmatamento, sendo também a substituição da pastagem nativa para a pastagem artificial, não é só derrubar mato, tem as duas situações. A supreção vegetal também é considerada, isso não vale para outras regiões mas vale para o Pantanal. Temos uma série de empreendimentos que solicitaram essa alteração, podendo levar 1 ano para que seja autorizado. O que aconteceu é que houve um procedimento do MPE que entendeu que não era adequado esse desmatamento específico. O IMASUL fez uma publicação no Diário Oficial, suspendendo a autorização e hoje tivemos a informação de que foi realizado esse procedimento, caso tenha sido realizado de forma ilegal, será feita a multa de R$ 1 mil reais por hectare desmatado. Porém, a solicitação feita pelo produtor foi autorizada de forma legal antes do processo do MPE”, conclui.

    Fonte: ImpactoMS


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