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As políticas públicas de tratamento da anemia falciforme, uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, em especial entre a população afrodescendente, é tema de Audiência Publica na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, a partir das 14 horas.
O encontro foi proposto pelo deputado João Grandão, atendendo ao pedido do Coletivo de Mulheres Negras Raimunda L. de Brito (CMNEGRAS/MS), e faz alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 25 de julho.
O evento vai apresentar a palestra para esclarecer e projetar medidas para o diagnóstico precoce, recuperação e reinserção social de pacientes e familiares com a doutora Berenice Kikuchi, referência nacional no tratamento da anemia falciforme.
“É preciso construir medidas para que essas pessoas tenham acesso ao tratamento, assistência, além do suporte aos familiares, por isso a necessidade de criar esse debate em Mato Grosso do Sul”, explica João Grandão.
Entre 25 mil a 50 mil pessoas possuem a doença no País. Uma modificação genética faz com que as hemácias (glóbulos vermelhos) tenham um formato semelhante a uma foice, o que dificulta a oxigenação do corpo e pode obstruir os vasos.
Um dos pontos a serem é sobre a importância do diagnóstico precoce, que evita a mortalidade infantil: além de vacinas a mais, as crianças com a doença fazem tratamento preventivo contra infecções com o uso prolongado de antibióticos.
A doença
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas podem começar ainda na infância. Os mais comuns são anemia, dores fortes, infecções frequentes, acúmulo de sangue no baço e icterícia (pele e parte branca dos olhos amareladas), além de risco aumentado de acidente vascular cerebral (AVC). Nas crianças, a primeira manifestação de dor pode vir com inchaço nos tornozelos, nos punhos, nos dedos ou nas articulações (dactilite), e elas têm risco de infecção 400 vezes maior.
ASSECOM