CAMPO GRANDE (MS),

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    24/05/2018

    Servidor do TCE foi alvo da 2ª fase de operação contra Máfia do Cigarro

    Gaeco cumpriu dois mandados de busca e apreensão em Campo Grande na quarta-feira

    Gaeco fez duas etapas de operação contra Máfia do Cigarro ©Danielle Valentim
    A segunda etapa da operação Oiketicus, que investiga a ligação de policiais militares com a Máfia do Cigarro, teve como alvo servidor do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado). Conforme apurado pelo Campo Grande News, ele seria ouvido na manhã desta quinta-feira (dia 24) no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

    O advogado Honório Suguita, do escritório Rene Siufi Advocacia, foi ao local e disse que atua na defesa do funcionário do Tribunal de Contas, mas só pode se manifestar depois de ter acesso à toda documentação. 

    Ontem (dia 23), conforme o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Campo Grande. As ordens judiciais eram relativas a uma mesma pessoa.

    Na primeira etapa da operação Oiketicus, realizada em 14 de maio pelo Gaeco e Corregedoria da PM (Polícia Militar), foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante.

    A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.

    No caso de outros 12 policiais, o Gaeco buscou provas por meio de mandados de busca e apreensão. “Já que as interceptações da comunicações telefônicas e demais diligências operacionais não estão sendo suficientes para desvendar todo o esquema criminoso”.

    O relatório destaca que os investigados são policiais militares treinados, que preferem aplicativo de mensagem e evitam falar ao telefone, justificando, portanto a necessidade de apreensão dos celulares.

    Dois núcleos – As apurações dividiram o esquema em duas frentes criminosas. A primeira agia na região de Bela Vista, Bonito, Guia Lopes da Laguna e Jardim, incluindo unidades no distritos de Alto Caracol e Boqueirão.

    Os pontos eram estratégicos para a circulação de carretas e onde investigados no esquema usavam das patentes maiores para pressionar soldados e cabos a liberarem cargas de cigarros –nem sempre com resultado positivo, frisa a acusação.

    O segundo núcleo abrangia as cidades de Dourados, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Iguatemi, Japorã e Eldorado. Conforme o Gaeco, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil. Nome da operação, oiketicus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

    Fonte: campograndenews
    por: Aline dos Santos e Danielle Valentim


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