CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    25/05/2018

    Caminhoneiros afirmam que medida do Governo é ‘terrorista’ e prometem manter greve

    Governo Federal anunciou uso de Forças Armadas para desobstruir as estradas

    ©DR
    Com a greve dos caminhoneiros no quinto dia consecutivo, o Governo Federal anunciou o uso das Forças Armadas para desobstruir as estradas. Em Mato Grosso do Sul, já são 65 pontos de bloqueio em estradas federais e estaduais, e os caminhoneiros prometem manter a greve mesmo após o anúncio.

    O Sindicam-MS (Sindicato dos Caminhoneiros de Mato Grosso do Sul) afirma que não há obstrução de estradas no estado, o que não justifica uma intervenção. Em Mato Grosso do Sul, as pistas estão parcialmente interditadas, ou seja: os caminhões ficam retidos, mas é permitida a passagem de carros de passeio, ônibus, ambulâncias e carretas com carga viva.

    “Não tem pista obstruída aqui no estado, estamos parados nos acostamentos, é um local previsto por lei. O que o governo quer é fazer um terrorismo, ele está tomando atitudes radicais e vergonhosas. Nós não carregamos armas e não vamos reagir, vamos resistir”, afirma o presidente do sindicato Roberto Sinai.

    O caminhoneiro Wilson Pereira dos Santos participa dos bloqueios na BR-163, em Campo Grande, e diz que a categoria não irá desistir diante do anúncio. “Ele [o presidente] já está errado porque nem temos estradas totalmente bloqueadas. Ele está com medo, quer agir com essa autoridade e obrigar a gente a trabalhar com o combustível neste preço? Se isso não for uma ditadura, um regime autoritário, eu não sei o que é”.

    Bloqueios aumentam mesmo com proposta

    O Governo Federal fez uma proposta e pediu trégua ao movimento dos caminhoneiros na noite da quinta-feira (24). A categoria rejeitou a oferta e afirma que a atitude do governo só estimulou a greve. Até a quinta-feira (24), era 49 pontos de bloqueio em todo o Mato Grosso do Sul e nesta sexta-feira (25) o número já chega a 65 pontos.

    “Esta proposta foi uma farsa, a categoria foi excluída da negociação e o Governo negociou com pessoas que não nos representam. Sendo assim, os movimentos aumentaram espontaneamente, em vários municípios a sociedade está saindo às ruas, não só os caminhoneiros”, afirma o presidente do Sindicam. Sinai ressalta que a categoria só sairá das estradas com a redução do preço do diesel em 30% e 50% no valor dos pedágios.

    Fonte: Midiamax
    por: Mylena Rocha 


    Imprimir