CAMPO GRANDE (MS),

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    12/03/2018

    OPINIÃO| Rodrigo Maia para presidente?

    Rodrigo Maia disse estar seguro de chegar ao segundo turno, na corrida presidencial © Divulgação 
    O Democratas recentemente anunciou a pré-candidatura do presidente da câmara, Rodrigo Maia, para o mais alto cargo do executivo. Como um indivíduo completamente destituído de relevância na política nacional, a candidatura de Maia mostra o desespero do establishment com a ascensão do popular e cada vez mais consistente Jair Messias Bolsonaro. 

    A candidatura de Maia, evidentemente, irradia o intenso desespero da velha oligarquia política dominante em relação ao candidato conservador, que é frequentemente rotulado como “nacionalista estatista militarista radical”, ou “extrema-direita” pela mídia mainstream e por seus opositores, que, evidentemente, buscam caluniar o presidenciável, e ignorar fatos e verdades a seu respeito. 

    Quem está por dentro da política nacional sabe que Maia não passa de um office-boy de Temer, um secretariozinho de gabinete que ladra e abana o rabinho sempre que o presidente delinquente manda. Não obstante, o DEM está celebrando a ocasião. Desde 1989, não lançavam um candidato para disputar a presidência, quando então atendia pela nomenclatura de Partido da Frente Liberal (PFL), posteriormente alterando a legenda. 
    Os interesses escusos que aproximam Maia e Temer. As oligarquias políticas celebraram a pre-candidatura de Rodrigo Maia © Divulgação
    O discurso de Maia é a aquela velha ladainha politiqueira, que fala muito, mas não diz nada. O mesmo velho discurso redundante e enlatado de sempre, sem nenhuma alteração ou variante. Palavras vazias que o cidadão brasileiro sabe de cor. Na ocasião que marcou o lançamento de sua pré-candidatura, Maia declarou que “a nossa ideia é produzir a construção de um projeto para o futuro. Assumo o desafio de fazer o Brasil crescer de forma consistente.” Este poderia ser o solilóquio que todo parlamentar brasileiro decora na sala do cafezinho. Uma retórica supérflua, pérfida e superficial, que dificilmente irá enganar os brasileiros saturados da hipocrisia política. 

    Não obstante, apesar de seu elevado otimismo e excessiva autoconfiança, as intenções de voto para Rodrigo Maia são absolutamente irrisórias. Com apenas 1% das intenções de voto, Maia não passa de mais uma figura absurdamente irrelevante no cenário político nacional, que não é nem mesmo digno de pena, tão medíocre e insignificante é a sua constrangedora e paupérrima presença política. Se Rodrigo Maia, por ventura, não existisse, não faria a menor diferença. Mesmo sabendo disso, Maia afirmou que sua candidatura “vai decolar”, e que ele tem certeza de que chegará ao segundo turno. O que é, no mínimo, suspeito. Como um indivíduo tão irrelevante para o cenário político nacional pode, de forma tão arrogante e pretensiosa, comemorar a vitória antes do tempo, sendo completamente destituído de popularidade? Talvez as “confiáveis” urnas eletrônicas da corporação venezuelana Smartmatic poderão garantir a vitória de Rodrigo Maia. De todas as possibilidades que se apresentam, esta é a mais plausível; sem dúvida nenhuma, a única que permitira a ele ganhar as eleições. O evento que anunciou sua pré-candidatura foi prestigiado por todos os indivíduos da aliança governista. Praticamente todos os velhos oligarcas da política brasileira estavam celebrando a consolidação de mais um golpe contra a democracia brasileira. Entre eles, Romero Jucá, do (P)MDB, a organização criminosa que está gradualmente vendendo o Brasil para os chineses. 

    Jucá foi mais um dos que vomitou um discursinho simplório, aviltante e constrangedor, afirmando que os “partidos de centro” precisam estar unidos, para “buscar a melhor construção política”. Construção política, esta, que exclui completamente da equação o povinho irrelevante e insignificante, com o qual eles jamais desperdiçam seu precioso tempo. Tudo incorrerá para a manutenção de poder, privilégios e benefícios, expansão das zonas de influência das oligarquias governamentais dominantes, e mais riquezas ilícitas para as suas contas bancárias em paraísos fiscais. Em resumo, o status quo lutando pela sua permanência no poder. A política brasileira é uma organização criminosa desesperada para não perder a sua fonte de riquezas: o Brasil, ou o pouco que resta dele. O que realmente pretendem é continuar extorquindo a nação, seus cofres públicos, e surrupiar do cidadão comum tudo o que puderem, para se manter no poder, e garantir que tudo continue exatamente como está. 

    Rodrigo Maia em si não é uma ameaça, mas o verdadeiro poder que se esconde por trás dele, sim. Ainda que seja ostensivamente insignificante, Rodrigo Maia é o fantoche ideal das oligarquias dominantes, para que estas possam continuar no poder, fazendo tudo o que sempre fizeram de melhor: extorquir, roubar, desviar, surrupiar, ludibriar, enganar e prevaricar. 




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