CAMPO GRANDE (MS),

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    12/03/2018

    Garoto de programa que estava com médico deixou o local antes da chegada da PM

    Cardiologista foi achado de bruços por volta das 19 horas, em casa de massagem

    Suspeita é de que médico tenha sofrido overdose © Arquivo
    Encontrado morto em casa de massagem na noite de ontem, no centro de Campo Grande, o médico cardiologista José Carlos Dorsa Vieira Pontes, de 51 anos, estava acompanhado de um garoto de programa de Brasília (DF), não identificado. Segundo informações da assessoria da Polícia Civil, ao ver a vítima convulsionando, o rapaz avisou os atendentes e foi embora antes da chegada da Polícia Militar.

    Conforme registro policial, Dorsa foi achado de bruços por volta das 19 horas, em uma sala de TV no segundo andar do estabelecimento. As causas da morte ainda são desconhecidas, principalmente porque não havia sinais de violência no corpo do médico. A suspeita é de que tenha sofrido overdose pela mistura de drogas e medicamentos, já que os atendentes se depararam com ele convulsionando.

    Informações apontam que Dorsa havia discutido com seu companheiro e chegado à casa de massagens com o garoto de programa por volta das 16 horas. Relatos de testemunhas apontam que ele parecia ansioso e estava bastante agitado, reclamando de dores de cabeça. Em seguida, subiu para o quarto. No local não há controle de entrada de frequentadores, motivo pelo qual o rapaz ainda não foi identificado.

    Cerca de três horas após a chegada, o garoto de programa acionou funcionários falando que Dorsa estava passando mal. Um dos atendentes viu a vítima no chão e prestou primeiros socorros enquanto aguardava a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe tentou reanimá-lo por vários minutos, sem sucesso.

    Em seguida, a Polícia Militar foi acionada, mas a principal testemunha foi embora antes que pudesse prestar qualquer esclarecimento. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), onde foi submetido a exame necroscópico que pode identificar as causas da morte. Por enquanto, o caso é tratado pela Polícia Civil como morte a esclarecer.

    MÁFIA DO CÂNCER

    Ex-diretor do Hospital Universitário, Dorsa foi um dos alvos da Operação Sangue Frio, deflagrada em março de 2013, envolvendo a Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Controladoria Geral da União (CGU). Na época, foram encontradas irregularidades que levaram a prejuízo milionário por meio da contratação de empresas especializadas em procedimentos e serviços médicos, em nutrição, na aquisição de órteses e próteses, além de pregões irregulares.


    Fonte: CE
    Por: RENAN NUCCI


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