Funcionários da MS Gás vão paralisar as atividades nesta terça-feira (3) em Campo Grande. O manifesto é em protesto contra o início do processo de privatização da empresa estatal. Trabalhadores da Eletrosul, companhia do governo federal que também está na lista de privatizações, participam do movimento e também vão interromper as atividades.
Durante a paralisação, será feito um ato na Assembleia Legislativa, inclusive com a utilização da tribuna. A paralisação faz parte das ações do Dia de Luta pela Soberania Nacional. Uma grande mobilização será realizada no Rio de Janeiro (RJ) em frente as empresas públicas como Eletrobras e Petrobras, que podem ser privatizadas, segundo a categoria.
“A paralisação acontece justamente no Dia de Luta pela Soberania Nacional para chamar a atenção das autoridades e da população. A privatização prejudica os trabalhadores e o próprio desenvolvimento do Estado, uma vez que a MS Gás é uma empresa rentável. Isso sem falar que a qualidade do atendimento diminui e o preço sobe”, diz Élvio Vargas, diretor do Sinergia, que é o sindicato que representa os trabalhadores da Indústria e Comércio de Energia.
O protesto foi aprovado em assembleia com os funcionários na última terça-feira (26). Na ocasião, a categoria também aprovou a pauta do acordo coletivo de trabalho 2017/2018.
MS Gás
Ainda segundo a categoria, trabalhadores da MS Gás também fizeram um protesto contra a privatização da empresa no dia 11 de agosto, data em que o processo de contratação de serviços relativos à estruturação e implementação da desestatização da companhia foi iniciado por meio de licitação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Com a privatização, o Governo do Estado pode abrir mão de uma empresa que atua em um setor estratégico e lucrativo. Representantes dos trabalhadores afirmam que nos últimos dois anos um aumento do lucro líquido de 154%. Conforme relatório anual, o lucro líquido da Companhia foi de R$ 12,9 milhões em 2016. Foi o 3º melhor resultado da Companhia desde sua criação em 1998.
Fonte: Midiamax
Por: Diego Alves