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© Luis Macedo/Câmara dos Deputados |
Após 90 dias de sua instalação, a Comissão Especial que analisou o texto da reforma da Previdência (PEC 287/16), presidida pelo deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), derrubou na noite de ontem, terça-feira (9), após sessão tensa que durou quase dez horas, nove dos dez destaques apresentados pela oposição.
Resistindo à possibilidade de qualquer atraso dos trabalhos, oferecer lanches foi à saída que Marun encontrou para evitar a ausência de parlamentares no plenário durante o horário de almoço. Animado com o resultado da votação dos destaques, Marun continua otimista com a aprovação da reforma em plenário. “Os deputados votaram livremente e em conformidade com as suas convicções. Agora vamos continuar comprometidos com a reforma no plenário da Câmara, pois é essa mudança que vai garantir a aposentadoria da população brasileira e eu acredito que o texto seja apreciado no plenário ainda no mês de maio”, afirma Marun.
Sobre os agentes penitenciários, o peemedebista afirmou que vai se empenhar pessoalmente para que o destaque que concede regras especiais à categoria seja aprovado. "Todos acompanharam o meu esforço para que os agentes penitenciários tivessem o mesmo tratamento que os policiais federais legislativos. Não posso responder em nome dos parlamentares, mas me esforçarei para que esse ponto da proposta seja analisado com cautela”, disse Marun.
Com relação aos boatos de que parlamentares teriam incitado manifestantes a invadirem a sala onde os trabalhos acontecem, Marun disse que a situação está sendo investigada. “Isso é uma atitude gravíssima, principalmente vinda de um representante do povo brasileiro. Esse acontecimento está sendo investigado e se for verdadeiro, o parlamentar vai ser devidamente punido”, enfatiza Marun.
Votação em plenário
Com expectativa de que a reforma seja aprovada em plenário até o final deste mês, Marun ressalta que as mudanças atuais são moderadas e necessárias para que o Brasil mantenha as contas da Previdência em dia. “Não cabe a mim decidir quando a reforma será votada, mas garanto que é uma reforma menos rígida que a inicial e se a tornarmos ainda mais suave será prejudicial para o país”, afirma Marun.
Para ser aprovada em plenário, a proposta de emenda à Constituição precisa ser votada em dois turnos para ser encaminhada ao Senado. São necessários três quintos dos votos, ou seja, dos 513 deputados, 308 parlamentares precisam votar a favor do projeto.
Fonte: ASSECOM