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Ricardo Hyun foi preso após atirar e matar empresário em confusão no trânsito - Arquivo |
A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul) emitiu nota nesta segunda-feira (2) se posicionando contra a concessão de liberdade provisória ao policial rodoviária federal Ricardo Hyun Su Moon, de 46 anos, e que irá ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) contra a decisão.
Hyun Su Moon atirou sete vezes contra uma Toyota Hilux, deixando dois feridos e matando o empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33 anos, na manhã de sábado (31), na avenida Ernesto Geisel. A camionete ainda estava em movimento e só parou ao bater contra um poste. O motivo do crime teria sido uma fechada no trânsito.
"A OAB-MS como defensora constitucional do Estado Democrático de Direito não pode permitir que um caso bárbaro e doloso seja tratado como um mero crime patrimonial", frisa a nota, opinando ainda que a decisão de soltar o policial é adversa aos princípios do processo penal.
Uma representação será aberta pela OAB-MS no CNJ pedindo melhor avaliação do caso. "Não podemos admitir que em um momento de convulsão política no país, aceitemos decisões como esta. A sociedade espera do Poder Judiciário posições mais firmes aos atos de barbárie que vivenciamos", comenta o presidente da seccional no Estado, Mansour Karmouche.
Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MS, Christopher Scapinelli, afirma que não houve sequer um pedido por parte da defesa de Ricardo ou manifestação prévia do MPE (Ministério Público Estadual) a cerca da situação.
"Inexistem documentos que comprovem que o policial preencheria os requisitos para a concessão das medidas cautelares diversas da privativa de liberdade, conforme os parâmetros do Código de Processo Penal", diz Scapinelli.
Soltura
Ontem (1), um dia após ser detido em flagrante pela Polícia Civil, Ricardo Hyun foi solto após o juiz plantonista homologar o pedido de prisão em flagrante, mas não conceder a conversão da mesma em prisão preventiva.
As alegações foram de que o indiciado não tinha antecedentes criminais e também tinha emprego e moradia fixa. Entretanto, ele sofreu restrições, como recolhimento domiciliar noturno e proibição de portar arma de fogo, além de suspensão das atividades como agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Fonte: campograndenews
Por: Nyelder Rodrigues
Link original: http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/oab-ms-ira-contestar-no-cnj-liberdade-de-policial-que-matou-empresario