CAMPO GRANDE (MS),

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    26/08/2016

    Relatório de indiciamento de Lula e Marisa é 'peça de ficção', diz defesa

    Indiciamento foi protocolado no sistema da Justiça Federal nesta sexta (26). Advogado de Lula diz que relatório tem conotação política.

    ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Foto: Leonardo Banassato/Estadão

    Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-primeira dama Marisa Letícia afirmaram em nota que as conclusões do relatório do delegado da Polícia Federal Marco Antonio Anselmo que indiciou nesta sexta-feira (26 Lula, Marisa e mais três pessoas por crimes como corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro "tem caráter e conotação políticos e é, de fato, peça de ficção".

    O indiciamento foi protocolado no sistema eletrônico da Justiça Federal, no Paraná, no início desta tarde. Os cinco são investigados por supostas irregularidades na aquisição e na reforma de um apartamento tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá, no litoral de São Paulo, e no depósito de bens do ex-presidente.

    Segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, "o relatório não parte de fatos, mas, sim, de ilações ou suposições". Ele afirma que a peça não tem respaldo jurídico. "Lula e sua esposa não são proprietários do imóvel que teria recebido as melhorias; não são funcionários públicos, que é a premissa do crime de corrupção passiva; Lula não participou da contratação indicada no relatório, de forma que o relatório pretende lhe atribuir a prática de um crime sem que ele tenha qualquer envolvimento (responsabilidade objetiva, estranha ao Direito Penal)".

    A defesa diz ainda que Lula e sua esposa não receberam qualquer bem, valor ou direito da OAS que seja proveniente de desvios da Petrobras e muito menos tinham conhecimento da suposta origem ilícita desses valores.

    O advogado diz ainda que a peça tem motivação política porque, segundo ele, o delegado Marcio Adriano Anselmo "tem histórico de ofensas a Lula nas redes sociais e já expressou publicamente sua simpatia por campo político antagônico ao ex-presidente".




    Do G1 São Paulo

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