CAMPO GRANDE (MS),

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    11/07/2016

    DE LEVE| Olimpíadas - mais um vexame



    Quem não se lembra do massacrante noticiário quando o país foi escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016? A onda de otimismo plantada pelo Governo passava a imagem de que o Brasil caminhava definitivamente para o seleto grupo olímpico, junto com os países do chamado Primeiro Mundo. 

    Além disso, o Governo argumentou de que parte das obras seria um legado para a população do Rio de Janeiro, solucionando assim velhos problemas de várias regiões da cidade. Formou-se na verdade um triunvirato – Planalto, Governo Estadual e Prefeitura Municipal do Rio – para dar sustentação ao Comitê Olímpico. 

    Mas as notícias vem mostrando, desde o início das primeiras obras, de que no Brasil os projetos estão sujeitos a mudanças e alterações no próprio cronograma devido a uma serie de fatores, ‘esquisitos’ ou injustificáveis. Neste cenário confuso e alvo até de denúncias diversas sobre a viabilidade técnica de projetos com custos muito além das previsões iniciais, as obras foram ganhando forma final.

    Mas não contavam os idealizadores do arrojado projeto, de que a situação social e econômica do país entrasse numa grave crise, capaz de fomentar a indignação da opinião pública, questionando inclusive o custo benefício das Olimpíadas. A população carioca – sobretudo – vivendo os pesadelos nas áreas da saúde e segurança, vem se manifestando contra o cenário, incompatível com a grandiosidade do evento e da sua própria gente. 

    De forma antecipada, mas até justificada, já se faz a comparação com os gastos astronômicos para a realização da Copa do Mundo no Brasil, impulsionada pelas denuncias da Lava Jato sobre corrupção em várias obras de estádios de futebol principalmente. 

    Se as Olimpíadas não contagiou a população brasileira como evento, pode dizer que o desalento atingiu também os prognósticos quanto ao desempenho dos nossos atletas na competição. Aliás, já se fala de que o Brasil deverá ser – em toda história das Olimpíadas – o país sede com o menor número de medalhas conquistadas. 

    Assim, se não bastasse nossa participação pífia na Copa do Mundo de futebol que sediamos, há uma grande chance do vexame se repetir. O pior: além da lição, ficará a conta salgada dos custos nos ombros de todos nós. 

    De leve... 

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