CAMPO GRANDE (MS),

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    05/05/2016

    'Sem chance de renúncia', diz Cunha após decisão de Teori de afastá-lo

    STF decide nesta quinta se mantém afastamento dado determinado por Teori. Declaração de Cunha foi enviada pela assessoria de imprensa dele.

    presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - Arquivo

    O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta quinta-feira (5), por meio de sua assessoria de imprensa, que não há "chance de renúncia". Ele comentou a decisão liminar (provisória) do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski de afastá-lo do mandato parlamentar e do cargo de presidente da Câmara.

    A medida está sob análise do plenário do Supremo. A sessão para decidir sobre o caso teve início por volta das 14h40 e ainda não havia terminado até a última atualização desta reportagem.

    A expectativa é que, ao final do julgamento, ele dê uma entrevista coletiva para a imprensa na residência oficial da presidência da Câmara.

    Mais cedo, a assessoria do deputado disse que ele decidiu recorrer da decisão e informou ainda que Cunha está "tranquilo" e passará esta quinta-feira na residência oficial, recebendo aliados e advogados.

    Decisão de Teori

    O ministro Teori concedeu a liminar em ação pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em dezembro, que argumentou que Cunha estava atrapalhando as investigações da Lava Jato, na qual o deputado é réu em uma ação e investigado em vários procedimentos.

    Antes de Teori divulgar sua decisão, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, havia marcado para a tarde desta quinta uma sessão no plenário para discutir outra ação sobre Cunha, apresentada pela Rede, que também pede o afastamento do cargo.

    Cunha também é alvo de denúncia no Conselho de Ética da Câmara. O relator do processo, Marcos Rogério (DEM-RO), disse que o caso continuará tramitando normalmente mesmo com o afastamento do deputado.

    Apesar da suspensão do mandato, Cunha mantém os direitos de parlamentar, como o foro privilegiado. Teori destacou que a Constituição assegura ao Congresso Nacional a decisão sobre a perda definitiva do cargo de um parlamentar, mesmo que ele tenha sido condenado pela Justiça sem mais direito a recursos.




    Do G1, em Brasília
    Por: Fernanda Calgaro