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    08/04/2016

    Votação de cassação de Dilma e Temer só deve acontecer em 2017, dizem ministros

    Ministros do TSE acreditam que processo está estagnado com quantidade de ações Joaquim Padilha

    Se aprovada cassação da chapa, novas eleições devem ser convocadas (Arquivo)

    Nos bastidores, a Folha apurou que os ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estão preocupados com o ritmo do processo de cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB). Para os ministros, a inclusão de ações por parte do PSDB deu novos prazos para defesa dos acusados, o que deve impedir que a votação seja realizada ainda esse ano.

    A maioria dos ministros acredita que a votação acabará sendo feita no início de 2017, pois a AIME (Ação de Impugnação de Mandato Eletivo) ainda não começou, por causa de pedidos da oposição de incluir novos fatos resultantes da Operação Lava-Jato, como o depoimento de Joel Santana, marqueteiro da campanha do PT. O Partido dos Trabalhadores enviou pedido a PGU (Procuradoria-Geral da União) para que exclua o depoimento de Santana do processo, pois a oposição teria perdido o prazo legal para incluir o fato.

    Enquanto o parecer da PGU não sair, o TSE não pode unificar as ações contra a chapa PT-PMDB e dar continuidade à Ação de Impugnação. Ministros criticam a quantidade de ações movidas pela oposição, pois teriam gerado um volume desnecessário. Alguns dos ministros defendem que seja feita uma "filtragem" das ações pela relatora do processo, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, dentro do possível para acelerar o caso sem desvios legais.

    Apesar de ter conduzido o despacho com celeridade - princípio da agilidade administrativa -, é provável que Thereza não conclua essa filtragem antes de sua saída do TSE, em setembro, o que "sobraria" para as mãos de Herman Benjamin, próximo relator do processo.

    Alguns partidos, como a Rede, PPS e PSB, tem defendido que o processo de cassação da chapa pela autoridade eleitoral seria a forma mais sadia e efetiva de dar fim à crise política. Os parlamentares das legendas tem estudado novas eleições. Ministros tem se mostrado resistentes à ideia, por acreditarem que seria difícil viabilizar o pleito e financiá-lo.




    Fonte: Midiamax