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    24/11/2015

    Moro afirma: "Não há nenhuma prova de que o ex-presidente Lula estivesse de fato envolvido nesses ilícitos"

    Moro diz que Bumlai usou nome de Lula para 'obter benefícios'

    juiz federal Sérgio Moro - Arquivo

    No despacho do mandado de prisão contra José Carlos Bumlai, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, afirmou que o empresário teria "se servido, por mais de uma vez e de maneira indevida, do nome e autoridade do ex-presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] para obter benefícios”.

    Moro afirma ainda que “não há nenhuma prova de que o ex-presidente estivesse de fato envolvido nesses ilícitos, mas o comportamento recorrente do investigado José Carlos Bumlai levanta o natural receio de que o mesmo nome seja de alguma maneira, mas indevidamente, invocado para obstruir ou para interferir na investigação ou na instrução".

    Segundo o magistrado, “fatos da espécie teriam o potencial de causar danos não só ao processo, mas também à reputação do ex-presidente, sendo necessária a preventiva para impedir ambos os riscos”. Na opinião do magistrado, a prisão é necessária para "prevenir riscos à investigação”.

    No documento de 31 páginas, Moro afirma que há prova do envolvimento de Bumlai no crime de corrupção e que "o destinatário final da vantagem teria sido, segundo os colaboradores, o Partido dos Trabalhadores, com afetação do processo político democrático". "O mundo da política e o do crime não deveriam jamais se misturar”, opina Moro.

    Bumlai já contestou declarações de delatores da Lava Jato de que se beneficiou da proximidade com Lula. 

    Nesta terça-feira (24), o advogado Arnaldo Malheiros Filho, que defende o empresário e pecuarista, disse que a prisão do cliente foi uma surpresa porque Bumlai estava em Brasília para atender convocação da CPI do BNDES. A defesa afirmou que ainda estava se inteirando dos fatos que motivaram a prisão.




    Fonte: G1
    Por: Matheus Leitão