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    14/10/2015

    Delegado Protógenes é exonerado da PF pelo Ministério da Justiça

    Ele comandou Operação Satiagraha, que prendeu Daniel Dantas e Celso Pitta.Em 2014, Protógenes foi condenado por violação de sigilo funcional no STF.

    Protógenes Queiroz, em imagem de arquivo (Foto: Arquivo)

    O governo federal exonerou o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz que, em 2008, comandou a Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, já falecido.

    A exoneração de Protógenes foi assinada nesta terça-feira (13) pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e publicada na edição desta quarta (14) do "Diário Oficial da União". Na portaria, Cardozo justifica a demissão por "infrações disciplinares".

    Em 2014, o agora ex-delegado foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por violação de sigilo funcional, em decorrência da Operação Satiagraha. À época, ele era deputado federal pelo PCdoB de São Paulo.

    A operação que prendeu Daniel Dantas e Celso Pitta foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por considerar que as provas obtidas se basearam em gravações telefônicas feitas ilegalmente.

    Portaria com a demissão de Protógenes Queiroz foi publicada nesta quarta-feira (14) (Foto: Reprodução/Diário Oficial da União)

    Violação de sigilo funcional

    De acordo com a acusação do Ministério Público Federal acolhida pelo STF, Protógenes teria revelado a jornalistas que, no dia 19 de junho de 2008, ocorreria uma reunião em um restaurante paulista entre dois investigados na Operação Satiagraha, Humberto Braz e Hugo Chicaroni, e um delegado da PF.

    No encontro, previamente programado pelos investigadores para produzir um flagrante, os investigados ofereceram propina ao delegado, com a finalidade de se livrarem da operação.

    Protógenes teria cometido violação do sigilo funcional, conforme o Ministério Público, por ter informado a dois jornalistas a data em que seria deflagrada a operação policial, dia 8 de julho de 2008.

    Com base nessa informação, jornalistas e cinegrafistas se posicionaram com antecedência, na madrugada daquele dia, em locais onde seriam realizadas buscas e prisões, especialmente de pessoas públicas como a do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e a do empresário Naji Nahas.




    Do G1, em Brasília
    Link original: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/10/delegado-protogenes-e-exonerado-da-pf-pelo-ministerio-da-justica.html