CAMPO GRANDE (MS),

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    23/07/2015

    Lama Asfáltica: André se pronuncia sobre acusações

    André Puccinelli afirma que não foi notificado e que todas compras realizadas em sua gestão foram dentro da lei

    Lama Asfáltica: André se pronuncia sobre acusações André Puccinelli afirma que não foi notificado e que todas compras realizadas em sua gestão foram dentro da lei Ex-governador afirma que tudo foi feito dentro da lei e que está à disposição da justiça (Foto: Reprodução Facebook)

    O ex-governador André Puccinelli se pronunciou pela primeira vez sobre as acusações envolvendo seu nome nas investigações da Operação Lama Asfáltica, que apura fraudes em certames licitatórios e desvio de recursos públicos em Mato Grosso do Sul. 

    As acusações respingam sobre André devido aos contratos firmados na sua gestão como governador. Ex-assessores, ex-secretário do Ministério dos Transportes, funcionários da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) além de empreiteiras. 

    De acordo com uma postagem em seu perfil oficial em uma rede social na internet, André afirma que não teve acesso ao inquérito judicial e que não foi notificado para se manifestar, e desconhece os fatos alegados. 

    Ainda segundo, o ex-governador “as compras e contratações realizadas na sua gestão foram tomadas com base na Lei e mediante orientação jurídica pertinente, pelas Secretarias de Estado”. 

    Puccinelli finaliza a nota afirmando que está à disposição das autoridades para esclarecimentos, inclusive “sigilos bancário, fiscal e patrimonial, até porque, como bem afirmado pelo magistrado não há indícios de materialidade que envolvam meu nome”. 

    A referência juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado, responsável pelo processo que desencadeou os mandados e pedidos de prisão relacionados à Operação Lama Asfáltica. 

    As investigações apontam que as licitações eram direcionadas e que mais tarde as empresas contribuíam para campanhas eleitorais de políticos ligados ao governo. Um dos beneficiários do esquema seria o ex-secretário de Obras do governo Edson Giroto, que concorreu à prefeitura da Capital em 2012. João Amorim é considerado o chefe da organização. 

    Além da Proteco, também são citadas nas investigações da PF empresas como LD Construções e Financial que pertencem a parentes de Amorim. Entre as obras fiscalizadas, já foram encontrados indícios de superfaturamento nas obras do aterro sanitário de Campo Grande, e na Avenida Lúdio Martins Coelho, também na Capital, além da pavimentação da MS-430, em Rio Negro. 

    Os prejuízos somam, aproximadamente, R$ 11 milhões, de um montante fiscalizado de R$ 45 milhões. Também foram identificadas vultuosas doações de campanhas à candidatura de um dos principais envolvidos.

    Confira a nota na íntegra: 

    A respeito de notícias envolvendo meu nome em investigações em curso, tenho a esclarecer neste momento que: 

    1 - Não tive acesso ao Inquérito Judicial e não fui notificado para me manifestar, por isso, até agora, não tenho conhecimento de quaisquer dos fatos alegados; 

    2 - Todas as decisões referentes a compras e contratação de serviços de meu governo foram tomadas com base na Lei e mediante orientação jurídica pertinente, pelas Secretarias de Estado, em suas respectivas áreas; 

    3 - Sempre estive e continuo à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos, inclusive disponibilizando meus sigilos bancário, fiscal e patrimonial, até porque, como bem afirmado pelo magistrado não há indícios de materialidade que envolvam meu nome.




    Fonte: Diário Digital
    Link Original: http://www.diariodigital.com.br/politica/lama-asfaltica-andre-se-pronuncia-sobre-acusacoes/133080/