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    13/07/2015

    Greve nacional de servidores do INSS entra no 7º dia

    Em alguns estados, funcionários aderiram à paralisação nesta segunda (13).Movimento pede reajuste salarial e melhores condições de trabalho.


    Greve dos servidores do INSS na agência da Pedreira, no Pará (Foto: Tarso Sarraf)

    A greve de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entra no sétimo dia nesta segunda-feira (13). Em alguns estados, como na Paraíba, os funcionários aderiram à paralisação nesta segunda.

    O movimento pede um reajuste salarial de 27,5 % imediato, com aumento gradual durante os próximos quatro anos. Além do reajuste, os servidores querem melhorias nas condições de trabalho e no atendimento à população. O Ministério do Planejamento propôs um reajuste de 21,3%, dividido em parcelas nos próximos anos, mas as negociações ainda continuam.

    Até a última sexta-feira (10), havia 240 agências do INSS fechadas (15% do total) e 307 com atendimento parcial (19%), segundo o Ministério da Previdência Social. Há 1.605 unidades em todo o país.

    Quem agendou atendimento em uma das agências e não foi atendido deve remarcá-lo. Para saber qual agência está aberta e o que fazer em caso de paralisação, é preciso ligar para o telefone 135.

    Veja a situação da greve nos estados:

    AMAPÁ

    A greve compromete os atendimentos em duas das seis agências no Amapá, informou a Associação dos Servidores do INSS no estado. Em Santana e Laranjal do Jari, 19 funcionários estão em greve. As unidades fazem apenas o serviço de auxílio-doença.

    Em Laranjal do Jari, a 295 quilômetros de Macapá, onde os funcionários pararam na terça-feira (7), cerca de 120 atendimentos foram afetados, e serviços de pedidos de aposentadorias, salários maternidade, entre outros, estão apenas sendo agendados. Em Santana, a 17 quilômetros da capital, que aderiu ao movimento na sexta-feira (10), a associação ainda calcula o número de atendimentos suspensos.

    CEARÁ

    Aumentou para 87% o percentual de agências do INSS no Ceará que estão paradas desde o inícido da greve, em 7 de julho. A informação é do Sindicato do Trabalho Previdência Social no Estado do Ceará (Sinprece).

    A principal agência do INSS em Fortaleza, na Rua Pedro Pereira, no Bairro Centro, está com as portas fechadas. O Sinprece diz que unidades de municípios da Região Metropolitana também não estão funcionando.

    Faixa exibida em agência do INSS em Presidente
    Dutra (MA) (Foto: Divulgação / Sintsprev-MA)

    MARANHÃO

    Desde a última sexta-feira, a greve atinge 39 das 43 agências em todo o estado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Estado do Maranhão (Sintsprev-MA), mais de 70% dos 944 servidores da Previdência Social no Maranhão aderiram à paralisação nacional, por tempo indeterminado.

    Nesta segunda, o Sintsprev-MA realiza duas mobilizações para buscar novas adesões. Uma delas ocorre na agência da Previdência Social do bairro do Angelim, em São Luís. Outra mobilização ocorre no Hospital Universitário Presidente Dutra, já que servidores do Ministério da Saúde também estão em greve.

    MATO GROSSO

    As 37 agências no estado estão com as atividades paralisadas, segundo Cleones Celestino Batista, presidente do Sindsprev-MT. Entre elas, estão as três agências de Cuiabá e outra de Várzea Grande, região metropolitana da capital.

    Batista disse ainda que são realizados apenas os atendimentos agendados pelo telefone 135, que seriam as perícias médicas. Em Cuiabá, os servidores se reúnem na frente de uma das agências do INSS, localizada na Avenida Getúlio Vargas, com banners, faixas e panfletos, como forma de protesto.

    MATO GROSSO DO SUL

    Das quatro unidades de Campo Grande, duas estão fechadas nesta segunda: a Central, que está localizada na rua 26 de agosto, e outra na rua Alexander Fleming. As demais agências funcionam normalmente.

    Além de Campo Grande, oito filiais estão fechadas no interior estado, segundo a assessoria do órgão. Já o Ministério da Previdência informou que, dos 37 pontos de atendimento em Mato Grosso do Sul, cinco paralisaram o funcionamento.

    MINAS GERAIS

    Cerca de 80% do servidores no estado estão parados e 90% das agências em Belo Horizonte não funcionam, de acordo com Sérgio Andrade, do comando de greve do Sintsprev-MG. Os outros 10% que estariam trabalhando seriam compostos por chefes, superintendentes e médicos peritos. Esta última categoria tem outro sindicato e não aderiu à paralisação.

    Segundo Andrade, nesta segunda-feira à tarde haverá uma assembleia na capital mineira para a decisão de novos rumos do movimento.

    As subsedes nas cidades de Uberaba (Triângulo), Teófilo Otoni (Vale do Jequitinhonha), Montes Claros (Norte), Juiz de Fora (Zona da Mata) e Poços de Caldas (Sul) também farão uma reunião.

    PARÁ

    No sexto dia de greve no estado, a população continua com o serviço reduzido, uma vez que dos 884 servidores, cerca de 710 aderiram à paralisação, segundo o Sintprevs-PA.

    O sindicato afirma que alguns serviços continuam sendo realizados mesmo com a greve. “Se for pra liberar pagamento de benefícios, a gente libera o documento, porque os peritos ainda não aderiram ao movimento”, explica Antônio Maués, da direção colegiada do Sintprevs/PA, dizendo também que a procura no mês de julho está reduzida.

    PARAÍBA

    Os servidores do INSS na Paraíba entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira. De acordo com o Sindsprev-PB, também aderiram à greve os servidores da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

    Segundo o sindicato, durante a paralisação, 30% do efetivo vai continuar trabalhando para casos de urgência. Os outros atendimentos foram adiados. A categoria decidiu entrar em greve durante assembleia realizada na última quinta-feira (9).

    De acordo com Antônio Bichara, do comando de greve, cerca de 10 mil servidores, sendo 1.800 do INSS, estão paralisados nas 51 agências existentes no estado.

    PARANÁ

    Quatorze das 74 agências do INSS no Paraná estão funcionando nesta segunda-feira, de acordo com o Sindprev. Desde terça (7), os servidores aderiram ao movimento grevista nacional, realizando apenas o serviço de perícia médica.

    São aproximadamente 2.000 servidores no Paraná, que fazem, conforme estimativa Sindprev, de 3.000 a 3.500 atendimentos por dia.

    PIAUÍ

    O movimento grevista afeta 32 agências no Piauí, sendo seis na capital e 26 nos municípios do interior.

    De acordo com Antônio Machado, presidente do Sintsprev-PI, o movimento já atinge 92% dos servidores do INSS no estado. Ele estima que para cada 500 serviços, apenas 30 estejam sendo feitos. "Nós estamos atendendo apenas os casos extremos, como pagamentos e perícias que precisam ser apresentadas no trabalho", disse.

    RIO GRANDE DO SUL

    A paralisação no Rio Grande do Sul tem adesão estimada em cerca de 70% dos servidores nesta segunda-feira. O INSS tem cerca de 2 mil funcionários no estado.

    Segundo o Sindisprev-RS, a mobilização da categoria começou na última terça (7) e continua forte. Os atendimentos são afetados principalmente nas nove agências regionais. A adesão é maior na região de Pelotas, no Sul, e em Ijuí, no Noroeste.

    SANTA CATARINA

    A adesão em Santa Catarina chegou a 70%, de acordo com o Sindprevs, com 11 agências fechadas e funcionamento parcial em 20 cidades. Já de acordo com o Ministério da Previdência, o balanço de sexta-feira (10) indicava que 24 agências tinham atendimento parcial e uma estava fechada. Há 63 unidades do INSS no estado.

    O comando da greve estima que cerca de 2 mil atendimentos deixam de ser realizados por dia no estado. A adesão de médicos peritos tem grande impacto nos atendimentos, diz o sindicato.

    SÃO PAULO

    A paralisação continua em agências do interior e do litoral de São Paulo.

    Cerca de 200 funcionários de nove agências da região de Jundiaí estão parados, e o atendimento só é feito para pessoas que passam por perícia médica ou que tenham horário agendado.

    Já na região de Sorocaba, as agências continuam funcionando normalmente e não tem previsão de paralisação dos serviços.

    Além das unidades de Guarujá, Cubatão, Itanhaém e Peruíbe, no litoral paulista, o posto de Miracatu, na região do Vale do Ribeira, também está fechado desde a última terça-feira (7). Há cerca de uma semana, as agências de Praia Grande, Santos e São Vicente funcionam de maneira parcial.

    Cerca de 60% dos funcionários do INSS de Bauru estão parados, segundo o sindicato. Apenas os agendamentos estão sendo atendidos na unidade. Em Botucatu, todos os serviços ligados à aposentadoria estão paralisados. São feitas apenas perícias para auxílio doença. A agência de Igaraçu do Tietê também está parada.

    SERGIPE

    Servidores do INSS continuam em greve por tempo indeterminado em Sergipe. 19 unidades estão paralisadas e cerca de 2,5 mil pessoas estão sem atendimento desde a quinta-feira (9).

    Os médicos peritos continuam atendendo os casos urgentes das pessoas que já estavam agendadas, já que para conseguir uma vaga para esse serviço pode demorar meses.

    “Como o agendamento do serviço pode ser feito pelo site ou pela central de telefone 135, a greve não prejudica tanto o cidadão. A partir do dia do agendamento começa a contar o pedido de aposentadoria, quando ele for atendido e for efetivado o benefício ele vai receber de forma retroativa”, explica Isaac Silveira, coordenador geral do Sindiprev.



    Do G1, em São Paulo
    Link Original: http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/07/greve-nacional-de-servidores-do-inss-entra-no-7-dia.html