Pesquisadores da Fundação MS percorrem municípios do MS para divulgar os resultados de pesquisas
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Divulgação |
O circuito de apresentações de resultados de pesquisas sobre a soja, promovido pela Fundação MS em parceria com o Senar MS (Serviço de Aprendizagem Rural), chega a Campo Grande nesta sexta-feira (22). As palestras serão realizadas na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), a partir das 13h30. O objetivo é esclarecer as dúvidas dos produtores rurais da região, sobre cultivares de soja, bio-estimulantes e manejo de pragas e doenças.
Os bio-estimulantes na cultura de soja será um dos temas abordados, ministrado pelo pesquisador de fertilidade e manejo do solo da Fundação MS, Douglas de Castilho Gitti. “Trataremos algumas questões como reinoculação e co-inoculação de sementes, que consistem na utilização bactérias que fornecem nitrogênio para a cultura da soja e estimulam o desenvolvimento do sistema radicular”, afirma.
Na ocasião, os produtores terão acesso às informações sobre os produtos que realmente tem efetividade no uso, mantendo patamares elevados de produtividade. De acordo com Douglas, o foco da avaliação desses produtos é proporcionar algum desenvolvimento na cultura da soja, como por exemplo, maior desenvolvimento do sistema radicular objetivando preparar a planta para passar o momento da falta de água, chamado de déficit hídrico, muito comum em nossa região, principalmente entre Maracaju e Rio Brilhante.
Já o engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação MS, Carlos Pitol, traz em sua palestra dados sobre cultivares de soja da safra 14/15 e recomendações para 15/16. Segundo o pesquisador, a safra foi afetada por seca, porém a alta temperatura causou mais prejuízos do que propriamente a falta de umidade do solo. “Apesar da boa produtividade final, os plantios mais precoces foram afetados por seca, já os materiais com plantios nos finais de outubro e novembro tiveram boa produtividade”.
Dentre os aspectos positivos para uma boa produção e colheita, Pitol avalia que os produtores não devem acelerar o início do plantio. “O ideal é plantar a partir do final de setembro, quando as condições climáticas são mais adequadas para a cultura da soja e não concentrar excessivamente a semeadura, problema que ocorre em função da alta capacidade de plantio. Nós temos hoje muitos cultivares disponíveis para o escalonamento de semeadura buscando atingir sempre boas produtividades”, ressaltou.
Os participantes poderão tirar suas dúvidas sobre o manejo de pragas e doenças na cultura de soja na palestra com o pesquisador de fitossanidade, José Fernando Jurca Grigolli. O foco será a eficiência de produtos, inseticidas e fungicidas para o controle de lagartas, percevejos e doenças, além de abordar assuntos como estratégia de controle. “O resultado de eficiência em si nem sempre é abordado em todas as situações, então quero trabalhar um pouco mais sobre como utilizar cada produto dentro de cada situação, oportunizando mais opções para os produtores”.
Além das palestras com pesquisadores da Fundação MS, também serão apresentados dados do Siga MS, ferramenta de monitoramento desenvolvida pela Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja e Milho de MS). Com os dados, é possível acompanhar o andamento do plantio e colheita de culturas como milho, soja, algodão, cana, além da previsão climática e viabilidade logística de grãos, entre outros fatores determinantes para uma boa safra.
Serviço
As apresentações de resultados de pesquisas sobre a safra de soja em Campo Grande serão realizadas nesta sexta-feira, a partir das 13h30, na sede da Famasul, localizada na rua Marcino dos Santos, 401, bairro Cachoeira II.
Fonte: ASSECOM