Um juiz iraniano sentenciou um homem cristão a ter os lábios queimados com um cigarro como punição por comer durante o dia no mês sagrado muçulmano do Ramadã. O castigo bárbaro foi realizado em praça pública, na cidade de Kermanshah.
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Cinco outros homens muçulmanos também foram açoitados em público com 70 chibatadas por não jejuarem durante o Ramadã, segundo o vice-governador da cidade, Ali Ashraf Karami.
Um porta-voz do Conselho Nacional de Resistência do Irã, uma coalizão política que se opõe ao governo, denunciou o tratamento como "selvagem" e pediu que os países ocidentais tomem algumas medidas. "O silêncio da comunidade mundial, especialmente dos países ocidentais, sob a desculpa do país ter negociações nucleares, intensificou a violação brutal e sistemática dos direitos humanos no Irã. O fato vai apenas animar o regime iraniano a continuar com seus projetos nucleares mais do que nunca", declarou.
No início deste ano, a ONU criticou o Irã por perseguição de cristãos em um relatório condenatório exposto ao mundo em março. O relatório detalhado revelou que o Irã continua aprisionando os cristãos por conta de sua fé e designado igrejas apostólicas como "ameaças à segurança nacional”.
Segundo dados da ONU, pelo menos 49 cristãos estavam entre as 307 minorias religiosas detidas em prisões iranianas, desde janeiro de 2014. A Organização também criticou o regime por sua hostilidade com os judeus, baha'is e zoroastrianos.
Em seu relatório anual sobre pessoas presas por sua fé ao redor do mundo, a organização dos Direitos Humanos Sem Fronteiras (HRWF), com sede em Bruxelas, nomeou o Irã como um dos cinco países com o maior número de "repressão da liberdade de religião ou crença”.
Há uma estimativa de 250 mil cristãos entre os 76 milhões de iranianos. Todos eles enfrentam a tortura, a prisão ou a pena de morte sob a lei islâmica por não atender aos rituais religiosos islâmicos e os códigos de vestimenta. Milhares de cristãos perseguidos fugiram do país, que viu Hossein Soodmand ser enforcado em 2008 por seguir sua própria fé.
Fonte: DailyMail/JE
Por: Bruno Rizzato/JC
Por: Bruno Rizzato/JC
Foto: Reprodução / WorldBulletin