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“A Justiça do Trabalho, que declaro instalada neste histórico 1º de Maio, tem essa missão: cumpre-lhe defender de todos os perigos nossa modelar legislação social-trabalhista, aprimorá-la pela jurisprudência coerente e pela retidão e firmeza das sentenças”. Getúlio Vargas.
Dia do trabalho, um dia de folga, descanso, para muitos, mas que tinha no inicio de sua criação, como finalidade a realização de manifestação de protesto e reivindicações.
Como se deu tais fatos na história do mundo, e como começou essa comemoração?
O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio no Brasil e em muitos países do mundo, é um feriado nacional, dedicado a festas, de acordo com o regionalismo de cada localidade, pois nem todos os países comemoram tal data, e os países que adotaram esta data para um dia de descanso aos seus operários (trabalhadores em geral), raramente se vê manifestos ou passeatas, em muitos lugares a festas e shows, as manifestações de certo modo ocorre em grandes centros, com pequeno número se comparado com a massa operaria (TRABALHADORA) do país que promove esses eventos.
Muito diferente dos dias atuais e com condições adversas os trabalhadores no ano de 1886, na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, saíram às ruas para reivindicar melhores condições de trabalho, pois nestes tempos era precário e muito difícil para operário, nas mais diversas funções exercidas nas indústrias muitos morriam ou ficavam inválidos sem nenhum auxilio diversas crianças trabalhavam e as mesmas sem nenhuma condição, por tais motivos as principais reivindicações estavam a redução da jornada de 13 para 8 horas, melhores salários, descanso semanal remunerado e um período anual de férias.
Foram realizadas manifestações simultâneas em todo o país uma greve geral de trabalhadores, conflitos com a polícia se tornaram constantes neste período histórico, tais eventos levaram a morte de oito operários nesses manifestos.
Trabalhadores foram presos, alguns foram enforcados depois de um julgamento injusto, pois foram acusados de liderar as manifestações que tiveram início no dia primeiro de maio, a lei do mais forte prevalecia os interesses dos industriais.
A escolha da data do primeiro de maio foi feita pela Segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, em 1889, foi uma homenagem aos trabalhadores mortos pela repressão policial nos Estados Unidos nesses eventos históricos.
O primeiro de maio é comemorado desde o ano de 1925, no Brasil, por decreto sancionado pelo presidente da república neste período histórico, Artur Bernardes, tal data depois de homologada foi comemorada de diversas formas.
No ano de 1940, o então presidente Getúlio Vargas anunciou o novo salário mínimo, algo que revolucionou os meios trabalhistas na época o tornando o “pai dos pobres”.
Em 1941, a data foi utilizada para marcar a criação da Justiça do Trabalho, que visava resolver os conflitos existentes entre os trabalhadores e seus patrões, algo que não agradou nada os grandes empresários da época, pois tal órgão daria poder aos trabalhadores e direitos que os mesmos não tinham ou desconheciam.
Hoje, podemos dizer que a data perdeu um pouco do caráter reivindicativo de manifestações de mobilizações dos trabalhadores em geral, em um mundo gigantesco com bilhões de habitantes, cada pessoa esta mais preocupada com sigo, e esquece-se do coletivo, se acomodando com as atuais situações salariais e trabalhistas do país.
No feriado, geralmente há festas organizadas pelas próprias centrais sindicais do país.
Na região fronteiriça, nesse período histórico de construção e colonização pouco ou nenhum direito os trabalhadores tinham, principalmente das áreas rurais, os impactos de tais reinvindicações que ocorriam pelo país e mundo tiveram, começou a ser seguida aplicada na região efetivamente somente depois da criação da Justiça do trabalho, somente a partir da criação deste órgão fiscalizador que os direitos dos trabalhadores começaram timidamente a serem cumpridos.
O resgate da memória histórica e cultural de uma nação em determinado evento e período histórico, contribui para manter viva a história de tais situações que auxiliaram na construção da democracia mesmo que não ideal de um país.
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| Autor: hulds Giovani Pereira Bueno* |
Pesquisador e historiador: Yhulds Giovani Pereira Bueno. Professor de qualificação profissional, gestão e logística (Programas Estaduais e Federias). Professor da Rede Municipal de Educação, membro do Grupo Xiru do CTG – Querência da Saudade – Ponta Porã – MS.
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