CAMPO GRANDE (MS),

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    19/03/2014

    Chocolate preto pode reduzir risco de infarto, de acordo com pesquisa

    Chocolate diminui a inflamação do tecido cardiovascular, segundo estudo.
    Cientistas simularam a digestão do cacau em pó presente no chocolate.

    Chocolate tem propriedades anti-inflamatórias, 
    segundo estudo (Foto: Reprodução/TV Globo)
    Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Louisiana, nos Estados Unidos, descobriu que o chocolate preto reduz o risco de infarto porque tem efeitos anti-inflamatórios, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (18/03).

    Os resultados deste trabalho foram apresentados no 247º Encontro da Sociedade Americana de Química realizado esta semana em Dallas e serão publicados na revista "Journal of Agricultural and Food Chemistry", afirmou à Agência EFE o diretor da pesquisa, John Finley.

    Finley detalhou que quando os componentes do chocolate preto são absorvidos pelo corpo, eles "diminuem a inflamação do tecido cardiovascular e reduzem o risco de infarto em longo prazo".

    Para realizar esta pesquisa, os cientistas simularam a digestão de cacau em pó presente no chocolate preto em um modelo de tratamento digestivo que criaram empregando diferentes tubos de ensaio. Em seguida, submeteram os materiais não digeridos à fermentação anaeróbica (sem oxigênio) usando bactérias humanas.

    Segundo explicou Finley, o cacau em pó contém vários polifenóis e antioxidantes, como catequinas e epicatequinas, assim como fibra alimentícia, que são escassamente digeridas no estômago, mas que são absorvidos ao passar ao cólon.

    "Em nosso estudo, descobrimos que a fibra é fermentada e que os polímeros polifenóis são metabolizados e se transformam em moléculas menores, mais fáceis de absorver. Estes polímeros menores exibem atividade anti-inflamatória", ressaltou Finley.

    O diretor da pesquisa também afirmou que os benefícios para a saúde do chocolate preto podem ser acentuados se sua ingestão for combinada com a de alimentos pre-bióticos (carboidratos que se encontram, por exemplo, no alho ou em complementos alimentícios) ou de frutas.




    Da EFE