Antes de ser assassinado, o rapaz ameaçou matar sua família para se tornar famoso em todo o País
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A mãe contou que pediu ajuda para internar o filho, mas ninguém a atendeu
Foto: Maikon Leal
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Isolita Nunes Barcelos, de 55 anos, confessou na tarde de quarta-feira (16/10), na Delegacia de Rio Verde, que matou seu filho Talles Nunes Barbosa, de 23 anos, por volta de 15h30min do último sábado (12/10), na residência da família, localizada na Rua Armando Sebastião Martins, Bairro Santa Terezinha, em Rio Verde.
A mãe contou que Talles era usuário de drogas e tinha problemas psiquiátricos. Além disso, no dia do crime ele agrediu Isolita e sua esposa, que está grávida de quatro meses. Talles teria jurado matar toda a família e disse que com a chacina se tornaria famoso no País.
Por não suportar mais as agressões do filho e para não vê-lo ser morto como bandido, ela pegou a arma que havia escondido de Talles e efetuou cinco disparos contra ele. A mãe disse que amava muito o filho, mas naquele dia estava bastante abatida e perdeu o controle.
Momentos antes do crime, Talles teria arremessado um ventilador contra ela e ameaçou agredir um sobrinho que é deficiente físico.
Isolita ficou revoltada com a situação e atirou contra Talles, que tentou correr, mas foi atingido nas costas e na cabeça. Ele chegou a entrar na sala da casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
A mãe contou que pediu ajuda a diversas autoridades para internar o filho, mas ninguém a atendeu.
Já o delegado responsável pelo caso, Eder de Oliveira Morais, disse que não descarta a possibilidade de outras duas pessoas da família terem participado do homicídio. De acordo com ele, a vítima pode ter sido alvejada por duas armas, uma de calibre 22 e outra de calibre 38. O delegado aguarda o resultado da necrópsia.
Isolita disse ainda que depois de cometer o crime ela mesma acionou a Polícia Militar (PM) de Rio Verde e, em seguida, fugiu para Bandeirantes, onde entrou em contato com sua advogada e amiga da família, Rafaela Cristina de Assis Amorim. A advogada tentou apresentá-la em Bandeirantes, mas a cidade está sem delegado, por isso, levou a autora para Rio Verde.
O delegado Eder explicou ainda que foi divulgado no final de semana que Talles havia sido morto por seu padrasto, mas Isolita não tem companheiro. O crime continua sendo investigado e a mãe responderá pelo caso em liberdade.
Fonte: COXIM AGORA